Manaus, 8 de maio de 2024
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Economia

Regiões Norte e Nordeste lideram ranking de desocupação no 1º trimestre deste ano

Com a alta registrada no primeiro trimestre do ano, o número de desempregados no Norte chegou a 1,2 milhão

Regiões Norte e Nordeste lideram ranking de desocupação no 1º trimestre deste ano

Foto: reprodução

MANAUS, AM – As regiões Norte e Nordeste puxaram a alta no desemprego no primeiro trimestre de 2021, que alcançou a taxa nacional de 14,7%, além do contingente recorde de 14,8 milhões de pessoas, dentro da série histórica iniciada em 2012. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Norte, a taxa passou de 12,4% no último trimestre de 2020 para 14,8%. No Nordeste, o indicador foi de 17,2% para 18,6% no mesmo período. Também são as maiores taxas registradas desde 2012. Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, as demais regiões ficaram estáveis.

“Norte e Nordeste tiveram aumento significativo da procura por trabalho no primeiro trimestre de 2021, elevando a taxa de desocupação nessas duas regiões. Nas outras regiões, o cenário foi de estabilidade na desocupação e na ocupação na comparação trimestral”.

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A taxa de desemprego no Sudeste está em 15,2%, no Sul em 12,5% e o Centro-Oeste tem a menor taxa entre as regiões do país, de 8,5%.

Com a alta registrada no primeiro trimestre do ano, o número de desempregados no Norte chegou a 1,2 milhão, um aumento de 187 mil pessoas. No Nordeste, foram 370 mil pessoas a mais, somando 4,4 milhões. A analista destaca que essas regiões também se caracterizam historicamente pela grande taxa de informalidade.

“São regiões onde há menos presença de atividades econômicas com contratação de emprego por meio da carteira de trabalho, por exemplo, e boa parte dos trabalhadores são ocupados no comércio, em serviços mais informais. É uma característica econômica dessas regiões, onde há uma inserção mais precária dos trabalhadores, fazendo com que essa mão de obra informal seja mais preponderante na composição dos ocupados”.

O IBGE estima a taxa de informalidade em 53,3% no Nordeste e 55,6% no Norte, ambas acima da média nacional de 39,6%. Segundo os dados do instituto, dos 34 milhões de trabalhadores informais do país, 10,2 milhões estão no Nordeste e 3,4 milhões no Norte. Já o nível de ocupação, que ficou em 48,4% no país, está em 40,9% no Nordeste e 48,2% no Norte.

(*)Com informações da Agência Brasil