Manaus, 4 de maio de 2024
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Manaus, 4 de maio de 2024

Brasil

Rendesivir é liberado pela Anvisa para tratamento da covid-19 no Brasil

O medicamento já vinha sendo estudado desde junho de 2020, em pacientes hospitalizados com pneumonia grave provocada pela infecção do novo coronavírus

Rendesivir é liberado pela Anvisa para tratamento da covid-19 no Brasil

Foto: divulgação/ICTQ

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (12) a autorização do uso do medicamento antiviral rendesivir para o tratamento da covid-19, apesar de o medicamento não ser recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O medicamento já vinha sendo estudado no Brasil desde junho de 2020, quando a agência autorizou um estudo clínico em pacientes hospitalizados com pneumonia grave provocada pela infecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Em novembro do ano passado, a mesma medicação, da biofarmacêutica americana Gilead Sciences, foi liberada para uso no tratamento do novo coronavírus pela Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa.

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“O estudo da OMS avaliou mais a ocorrência de mortalidade e pacientes com perfil um pouco diferente dos avaliados nos outros estudos que consideramos para liberar o remédio. O estudo que consideramos válido focou na redução do tempo de hospitalização dos pacientes e vimos que houve uma redução na hospitalização”, ressaltou a gerente de avaliação de segurança e eficácia da Anvisa, Renata Soares, acrescentando que a situação de ocupação de leitos de UTI no país pesou na decisão.

Ainda segundo a Anvisa, o antiviral está liberado, exclusivamente, para uso hospitalar e é recomendado para internados com pneumonia, com suplementação de oxigênio, e não se restringe à forma leve, moderada ou grave, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou por membrana extracorpórea.

O medicamento deve ser administrado de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos, que tenham, no mínimo, 40 quilos. O tratamento é feito em, no mínimo, 5 dias, com tempo máximo de 10 dias.

“É importante ressaltar que esse é o primeiro medicamente com indicação, em bula, para covid-19, fruto de análise de eficácia e qualidade”, destacou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Vacina da Oxford

No anúncio, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, Gustavo Mendes, disse que a Anvisa também concedeu o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford, que já tinha autorização para uso emergencial no país, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O primeiro imunizante a obter o registro definitivo no Brasil foi o da Pfizer.

Com a liberação, a vacina do consórcio AstraZeneca/Oxford terá uma etapa de produção no Brasil, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A autorização permite que a vacina seja aplicada em maiores de idade.

(*) Com informações da Agência Brasil