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Manaus, 19 de maio de 2024

Economia

Ribeirinhos do AM assinam acordos para evitar conflitos entre pescadores

Acordo entre pescadores garantem proteção dos recursos pesqueiros

Ribeirinhos do AM assinam acordos para evitar conflitos entre pescadores

Acordos de pesca são ferramentas para garantir a proteção dos recursos pesqueiros e evitar conflitos entre pescadores (Foto: Divulgação/Sema)

O município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) passou a contar, neste mês de janeiro, com dois novos acordos de pesca: um para a Ilha da Paciência e Jacurutu, e outro para o lago do Acajatuba. As novas normativas ampliam a geração de renda de 157 pescadores, com atividades de manejo e pesca comercial, beneficiando diretamente 470 famílias.

Acordos de pesca são ferramentas para garantir a proteção dos recursos pesqueiros e evitar conflitos entre pescadores. Sua implementação, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), potencializa a geração de renda vinculada a atividades de pesca para as comunidades tradicionais.

Ilha da Paciência

O acordo de pesca da Ilha da Paciência foi o primeiro a ser implementado pela Sema, em 2011. A Instrução Normativa (IN) nº 001, de 11 de janeiro de 2023, é uma revisão desse primeiro acordo, a fim de atender às novas demandas surgidas com o aumento da população local.

Agora, outros cinco ambientes aquáticos também passaram a integrar a IN. São eles os lagos: Sumaúma (preservação), Da frente (subsistência), Matias/Cambute (subsistência), Ilheo (manejo) e Bela (manejo). Além disso, o lago do Piranha alterou sua categoria de comercial para subsistência.

Com mais dois lagos categorizados como ambientes de manejo, a expectativa é que as mudanças tragam um aumento da renda para comunidades locais, segundo destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

Desta forma, o acordo abrange agora 36 ambientes aquáticos ordenados, com alcance para 28 famílias e 28 pescadores das comunidades Nossa Senhora de Fátima e São José.

Acajatuba

Localizado dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, o lago do Acajatuba recebeu, de forma inédita, o ordenamento pesqueiro, por meio da IN nº 002, de 11 de janeiro de 2023.

A normativa define regras de uso para 12 ambientes aquáticos, dos quais três foram destinados à pesca comercial, sete para a prática da pesca esportiva e três para preservação. O restante da extensão do lago, onde estão as demais comunidades, foi destinado à pesca de subsistência.

O acordo de Acajatuba contempla, ao todo, sete comunidades, com alcance para 442 famílias e benefício direto para 129 pescadores da área. As duas medidas, com os nomes dos respectivos lagos e rios ordenados, bem como suas regras de uso, estão publicadas no Diário Oficial do Estado do Amazonas.

Balanço

Desde 2019, o governo do Estado viabilizou a implementação de 15 novos acordos de pesca, ampliando os benefícios para mais 104 comunidades, 2.431 famílias e 3.280 pescadores. Atualmente são 38 áreas ordenadas pela Sema, que contemplam juntas 354 comunidades e beneficiam 7.048 famílias, além dos 12.173 pescadores.

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