Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Manaus, 3 de dezembro de 2024

Cidades

Rio Negro apresenta pequenas subidas em Manaus nesta terça-feira

Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicam que cota do rio Negro chegou a 12,16 m.

Rio Negro apresenta pequenas subidas em Manaus nesta terça-feira

(Foto: Gilmar Honorato/SGB)

Manaus (AM) – Embora a seca ainda persista na bacia do rio Amazonas, em Manaus, o rio Negro voltou a apresentar pequenas subidas após ter atingido a cota mais baixa da história: 12,14 m. De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi registrada a marca de 12,16 m nesta terça-feira (5). As projeções indicam que, até dezembro, a cota deve permanecer abaixo dos 16 m na capital amazonense.

Na cabeceira da bacia, o rio Solimões tem apresentado elevações diárias, mais acentuadas em Tabatinga, que registrou a cota de 1,86 m. Em Fonte Boa e Itapéua, o Solimões registra pequenas subidas diárias e, em Manacapuru, aponta certa estabilidade no processo da vazante. Esse comportamento é um bom sinal de recuperação na bacia e poderá impactar o rio Negro, que recebe as águas do Solimões.

“A região que fica mais a jusante (no sentido do curso d’água) leva um certo tempo para receber esse volume de águas e iniciar a recuperação. Assim, as análises mostram que, a partir da segunda quinzena de novembro, o rio Negro deve voltar a subir e com variações maiores”, explicou a pesquisadora Jussara Cury, superintendente regional de Manaus.

O rio Madeira também está em processo de recuperação em Porto Velho (RO) e em Humaitá, interior do Amazonas, com registros de subidas diárias pequenas, mas regulares. Em Porto Velho, a cota deve permanecer abaixo dos 3 m até a segunda quinzena de novembro, conforme as projeções do SGB.

Municípios

Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB oferece aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal banco de dados sobre poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento. O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e trazendo informações sobre áreas dos municípios sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial.

Parceria

O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas.

As informações coletadas por equipamentos automáticos, ou a partir da observação por réguas linimétricas e pluviômetros, são disponibilizadas na plataforma SACE.

 

(*) Com informações da assessoria

 

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