Manaus, 10 de maio de 2024
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Esportes

São Paulo demite técnico Fernando Diniz, e Raí deixa o clube

Diretoria decide encerrar trabalho do treinador após queda brusca no Brasileiro

São Paulo demite técnico Fernando Diniz, e Raí deixa o clube

Fernando Diniz deixa o São Paulo após 76 jogos no comando da equipe - Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC

A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o São Paulo demitiu o técnico Fernando Diniz, 46. A decisão foi tomada em reunião da diretoria nesta segunda-feira (1º), um dia após a derrota para o Atlético-GO, pela 33ª rodada da competição, por 2 a 1.

Segundo nota do clube, Raí decidiu antecipar sua saída do cargo de diretor de futebol, que estava planejada para o fim da temporada. A agremiação já havia anunciado a chegada de um novo executivo, Rui Costa, para a posição então ocupada pelo ídolo do clube.

O resultado de domingo deixou a equipe tricolor na quarta posição, com 58 pontos, a sete do líder Internacional. Em 26 de dezembro de 2020, após vencer o Fluminense por 2 a 1, pela 27ª rodada, o São Paulo tinha vantagem de sete pontos na ponta da tabela e era o maior favorito ao título.

A pressão pela queda do técnico feita por conselheiros e outros integrantes da direção sobre o presidente Julio Casares, eleito no final do ano passado e empossado em 1º de janeiro, só aumentava. O plano inicial do dirigente, que ainda não comemorou uma vitória no comando da agremiação, era esperar o final do Brasileiro para tomar uma decisão.

“Depois do duro resultado contra o Inter, fizemos reunião para aguardar reação contra Coritiba e Atlético-GO, mas não veio. Assumimos num contexto diferente. No calendário normal teria pré-temporada. Temos de planejar o futuro e por isso a decisão foi tomada agora, visando planejamento em curso. Temos cinco rodadas, acreditamos em bons resultados, mas precisamos pensar no planejamento”, disse Casares em entrevista coletiva.

Não há uma nome definido para substituir Diniz. Segundo Casares, a escolha será dos responsáveis pela gestão de futebol. Entre eles, além de Rui Costa, Muricy Ramalho, contratado recentemente como coordenador técnico.
Enquanto a diretoria procura por um novo treinador, Marcos Vizolli, auxiliar fixo da comissão técnica, foi confirmado como interino pelo presidente.

Desde o triunfo sobre o Fluminense, o São Paulo não venceu mais. Depois disso, foram quatro derrotas e dois empates pelo torneio nacional. Alguns desses resultados deixaram marcas que levaram à queda do técnico.

O revés por 4 a 2 diante do Red Bull Bragantino é lembrado pela discussão de Diniz com Tchê Tchê, em que ele chama o volante de “mascarado” e “ingrato.” No jogo seguinte, o time perdeu para o Santos, que entrou em campo apenas com reservas, por causa da participação na Libertadores.

O pior ocorreu no último dia 20, quando o São Paulo fez no Morumbi um confronto visto como decisivo para chegar ao título, contra o Internacional. Foi goleado por 5 a 1. Horas depois do apito final, Casares teve reunião por vídeo com diretores e ouviu pedidos para demitir o treinador, mas decidiu mantê-lo com o argumento de que não havia nomes de peso no mercado para contratar.

No total, a equipe acumula sete jogos sem vencer. Houve também o empate em 0 a 0 com o Grêmio, em casa, pela semifinal da Copa do Brasil -placar que eliminou o São Paulo da competição.

“Essa é uma pergunta que a gente tenta responder desde que começou a sequência. Acho que a desclassificação na Copa do Brasil pesou”, respondeu Diniz após a derrota contra o Atlético-GO, ao ser questionado sobre a queda de rendimento. Ele também afirmou que não planejava pedir demissão.

O trabalho de Raí, que estava na diretoria tricolor desde o fim de 2017, também vinha sendo questionado há tempos, principalmente por não conseguir reverter a seca de títulos que já passa de oito anos. Foi ele que deu suporte para Diniz nos vários momentos em que este balançou no cargo.

(*) Com informações da Folhapress