Manaus, 29 de março de 2024
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Cenário

Subsecretário da Semacc volta atrás e desiste de comandar orçamento da pasta

Dias antes de ser afastado, Renato Junior passou seus poderes de secretário para o colega de trabalho, Wanderson Costa. Assim, ambos passaram a ter controle do orçamento da Semacc

Subsecretário da Semacc volta atrás e desiste de comandar orçamento da pasta

Foto: Divulgação/Semacc

MANAUS, AM – Com o afastamento do titular da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comercio Informal (Semacc), Renato Junior, o subsecretário da pasta, Wanderson Silva Costa voltou atrás na decisão que lhe concedeu os poderes de comandar o orçamento da pasta. A decisão revogada autorizava Wanderson a assinar todo e qualquer documento administrativo, bem como, ordenar despesas da secretaria.

Renato Junior foi afastado por 15 dias do comando da Semascc, a justificativa foi “licença médica. Porém, após a decisão, Renato continuou se reunindo com os demais secretários municipais em confraternizações, conforme constatou o Portal Amazonas1.

Leia mais: Renato Júnior pede afastamento da Semacc por 15 dias

Dias antes de ser afastado, Renato Junior passou seus poderes de secretário para o colega de trabalho e subsecretário, Wanderson Costa. Assim, ambos passaram a ter controle do orçamento da Semacc, uma vez que Wanderson ficou autorizado a assinar todo e qualquer documento administrativo, bem como ordenar despesas da secretaria.

Na época, a justificativa para a transferência de poderes tinha como necessidade descentralizar e otimizar as atividades administrativas da pasta, dando a entender que estaria precisando de suporte nas atividades internas da Semacc.

Porém, dois dias após Renato Junior ser afastado, Wanderson assinou uma portaria que suspendeu os efeitos da decisão inicial, sendo assim, o subsecretário não tem mais o poder de comandar o orçamento da pasta quando Renato retornar da licença.

Quando Renato Junior passou seus poderes ao subsecretário, a ação foi interpretada de forma negativa por cientistas políticos, que consideraram a ação uma forma de não assumir possíveis irregularidades da gestão, conforme analisou Carlos Santiago, cientista político.

“O responsável por assinar as decisões e despesas também será o responsável na Justiça, caso os atos sejam investigados no futuro. Isso gera sempre uma resistência do secretariado na administração pública. O Amazonas possui histórico de diversos secretários envolvidos em caso de corrupção e, em muitos casos, o gestor principal não tem ligação, de acordo com as investigações. Sendo assim, a transferência de atividade pode evidenciar uma resistência do secretário para determinadas decisões”, disse.

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