Manaus, 10 de fevereiro de 2025
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Cidades

UEA lança cartilha para combater assédio eleitoral nas eleições

Conforme o reitor da UEA André Zogahib, a instituição irá disponibilizar a cartilha de forma online, pensando na preservação do meio ambiente.

UEA lança cartilha para combater assédio eleitoral nas eleições

(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)

Manaus (AM) – A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresentou nesta sexta-feira (21) uma cartilha digital voltada para prevenir o assédio eleitoral nas eleições de 2024. A medida, considerada pioneira, visa conscientizar os eleitores sobre a importância de uma escolha livre de influências abusivas.

Segundo o reitor André Zogahib, a decisão de disponibilizar a cartilha exclusivamente online foi motivada por questões ambientais, evitando assim o desperdício de papel. A ideia, segundo Zogahib, é oferecer uma abordagem simples e acessível a todos os cidadãos brasileiros.

“Decidimos por uma forma simples, objetiva, que pudesse ser acessada por qualquer cidadão brasileiro que queira, evidentemente, não sofrer assédio eleitoral. É um processo que já vem de um semestre eletivo, mas as discussões e ideias vêm há bastante tempo. A nossa expectativa é que os eleitores possam fazer escolhas conscientes, entendendo o que constitui assédio eleitoral e como as informações nas redes sociais podem influenciar esse processo”, disse o reitor.

A publicação, submetida ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) para avaliação de parceria na divulgação, oferece orientações práticas sobre como identificar, denunciar e combater práticas de assédio eleitoral. Gráficos e ilustrações foram incluídos para facilitar a compreensão das estratégias utilizadas e dos grupos mais vulneráveis a essas práticas.

Segundo o juiz Érico Pinheiro, o assédio eleitoral se manifesta frequentemente mediante pressões externas, ameaças e disseminação de fake news, com o intuito de influenciar o voto dos eleitores.

“O assédio eleitoral é uma prática que busca evitar que o eleitor exerça seu voto de maneira livre e consciente nas eleições, através de ameaças, pressões externas, ameaças na família, para que o eleitor não vote de determinada forma. E essa questão das fakes news acaba vindo associada, que é a distorção dos fatos que acontecem. Estas práticas são consideradas ilícitos eleitorais e criminais, sujeitas à responsabilização legal caso sejam identificadas”, explicou Pinheiro.

Uma das organizadoras da cartilha, Mariângela Bittencourt, falou sobre o público-alvo que o modelo pretende alcançar e o objetivo de compartilhar o material com a sociedade eleitoreira.

“Nossa intenção, através do observatório de cidadania e poder, é voltar um projeto de visitação às escolas de modo geral, pública e particulares, sobretudo do ensino médio, que é onde o eleitor começa a se habilitar para participar do pleito. Divulgando nas escolas, divulgando na indústria, no comércio, em parceria com a federação do comércio, com a associação comercial, também com o polo industrial, para que todos possam conhecer esse trabalho”, destacou Mariângela.

A cartilha, elaborada pela 20ª turma do curso de Administração da UEA, já está disponível no site da instituição. A UEA ressalta ainda que a ferramenta educativa é crucial para os eleitores se protegerem e participarem de maneira consciente do processo eleitoral.

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