Manaus, 28 de março de 2024
×
Manaus, 28 de março de 2024

Cidades

Um mês após assassinato de petista, acusado vai para prisão domiciliar

A penitenciária para onde Jorge Guaranho seria transferido informou não ter estrutura para receber o preso

Um mês após assassinato de petista, acusado vai para prisão domiciliar

(Foto: Reprodução/ Twitter)

PARANÁ – A Justiça decidiu na noite desta quarta-feira (10) que o policial Jorge Guaranho, acusado de ter matado o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em 10 de julho, ficará em prisão domiciliar, ou seja, em casa, com tornozeleira eletrônica.

As investigações apontam que Garanho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), matou Arruda por não ter aceitado que a vítima tivesse feito uma festa de aniversário com o tema do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT).

Leia mais: Celular do suspeito de matar petista pode mudar o rumo das investigações, diz delegada

O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello atendeu pedido da defesa do policial, que alegou a necessidade de cuidados médicos a Guaranho. O magistrado destacou na decisão também ter considerado a falta de estrutura apontada pelo sistema penal para abrigar o preso.

Guaranho recebeu alta nesta quarta do Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná desde o dia do crime.

Leia mais: Segurança que mostrou imagens da festa de tesoureiro do PT a bolsonarista é encontrado morto

Inicialmente, Arguello determinou que Guaranho fosse transferido para o Complexo Médico Penal (CMP) na Região Metropolitana de Curitiba, mas penitenciária informou não ter estrutura para receber o preso.

Diante da resposta, o juiz determinou a prisão domiciliar, “sem desprezar a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e, sequer, a gravidade do suposto delito pelo qual o requerente está sendo processado”.

O magistrado criticou a demora do Estado ao informar não ter condições de abrigar Guaranho. Ele determinou que Guaranho deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica e só poderá sair de casa em caso de necessidade médico-hospitalar.

Prisão domiciliar pode ser revista

O juiz afirmou que Guaranho permanecerá em casa “até que seja possível eventual remanejamento do réu para estabelecimento adequado, ainda que em outro Estado da Federação”.

No despacho, o magistrado pede que o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) seja notificado a pedir uma vaga para Guaranho no sistema prisional federal.

(*) Com informações do g1