Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Marcelo Ramos

Vacina no braço, comida na mesa

Acima de posições partidárias ou políticas, na condição de vice-presidente da Casa, defendo que esse foco seja mantido

Vacina no braço, comida na mesa

*Por Marcelo Ramos

Se eu tivesse que resumir as prioridades da Câmara dos Deputados em uma frase, esta seria: vacina no braço e comida no prato. Acima de posições partidárias ou políticas, na condição de vice-presidente da Casa, defendo que esse foco seja mantido, ao lado das pautas econômicas.

Não tenho dúvidas de que o Congresso está convicto da necessidade urgente de imunização em massa da população como um instrumento não apenas de saúde pública, mas também de retomada da economia. Com o Orçamento muito apertado e a baixa capacidade de endividamento, não podemos nos dar ao luxo de aventuras fiscais.

A Câmara dos Deputados tem se mostrado muito atenta e responsável com essa questão fiscal. Exemplo disso foi a conclusão da votação, na madrugada de sexta-feira, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que além de abrir as condições para a concessão de um auxílio financeiro a vulneráveis, estabelece travas a serem acionadas em situação de crise fiscal para a contenção de despesas.

Ainda que haja movimentos bruscos neste ano para a ‘gastança’, tendo em vista a proximidade do período eleitoral, acredito que estas tentativas serão contidas. Quero crer que o governo federal, que tem responsabilidade com o país, não cederá à tentação.

No Congresso, a responsabilidade fiscal tem uma base muito sólida e deve conter aventuras fiscais. Temos muita clareza de que o remédio para a economia é o mesmo para a doença, que é vacina… a vacina é um remédio para as duas coisas. Quem não se der conta de responder a isso com agilidade, será cobrado duramente pelos brasileiros e brasileiras.