Manaus, 4 de maio de 2024
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Vizinha da Rússia, Finlândia anuncia decisão de integrar a Otan

O pedido formal deverá ocorrer na próxima semana. Em Berlim, representantes de países membros discutem mais apoio à Ucrânia, contra a Rússia

Vizinha da Rússia, Finlândia anuncia decisão de integrar a Otan

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra, Sanna Marin, anunciaram neste domingo (15/5) que o país nórdico pretende se inscrever na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A decisão representa uma expansão da aliança militar ocidental de 30 membros, hoje envolvida na guerra da Rússia na Ucrânia.

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O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva no Palácio Presidencial, em Helsinque. O próximo passo, agora, é a aprovação da inscrição pelo Parlamento finlandês nos próximos dias.

Essa aprovação, no entanto, é apenas uma formalidade, antes de enviar o pedido formal de adesão para ser submetido à aliança, que tem sede em Bruxelas. Esse pedido deverá ser encaminhado na próxima semana, segundo os dois governantes.

Apoio à Ucrânia
Neste domingo, diplomatas dos principais países que integram a aliança estão reunidos em Berlim, na Alemanha, para discutir o fornecimento de mais apoio ao país atacado pela Rússia. Nessa mesma reunião, a adesão da Finlândia e da Suécia, além de outros países, também é assunto colocado à mesa.

Ao chegar à reunião, o vice-secretário-geral da Otan, Mircea Geoana, avaliou que o avanço militar da Rússia na Ucrânia parece estar falhando. Ele disse ainda ter esperança de que Kiev possa vencer a guerra.

“A brutal invasão pela Rússia está perdendo força”. “Sabemos que com a bravura do povo e do exército ucranianos e com a nossa ajuda, a Ucrânia pode vencer esta guerra”, avaliou Geoana, que presidiu o encontro, já que o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, está se recuperando da Covid-19.

Geórgia
Além da Finlândia e da Suécia, a Otan avalia ainda o pedido de ingresso da Geórgia. Há uma preocupação de que Moscou possa reagir sobre o país, agravando a crise.

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, no entanto, rejeita as ameaças do presidente russo, Vladimir Putin. “Cada país europeu tem o direito fundamental de escolher seu próprio arranjo de segurança”, disse Jeppe Kofod. “Vemos agora um mundo onde o inimigo número um da democracia é Putin e o pensamento que ele representa”, disse.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, deu como certa a entrada de Finlândia e Suécia na aliança. Segundo ela, seu país apoia o pedido e está disposto a acelerar o processo. “Se esses dois países estão decidindo se juntar, eles podem se juntar muito rapidamente”, disse Baerbock.

Com informações do Metrópoles