
Foto: Reprodução/ Rede Onda Digital
Manaus (AM) – O governador do Amazonas, Wilson Lima, falou em entrevista para o programa Meio Dia, com Jeferson Coronel, da Rede Onda Digital, nesta sexta-feira (20) sobre um suposto boicote à administração do Complexo Hospital Sul durante o Natal. Mensagens em grupos de WhatsApp indicam que profissionais de outros hospitais estão direcionando pacientes para o 28 de Agosto para sobrecarregar o local.
Segundo Wilson Lima, ele já está ciente dessas ações e que classificou como “criminosa”.
“Se este tipo de boicote estiver acontecendo ou vier a acontecer, e isso é uma competência da investigação para apurar mas isso é um negócio criminoso. Isso tem a ver com a vida das pessoas e isso me preocupa muito”, disse.
Desde o dia 1° de dezembro, quando a Organização Social de Saúde (OSS) Inovação e Resultados em Saúde (Agir) assumiu a administração desses hospitais, Dona Lindú e 28 de Agosto, com o objetivo de reduzir o custo mensal dos dois complexos e ampliar o número de cirurgias ortopédicas, surgiram denúncias, principalmente por parte de médicos que atuam na rede estadual pública de saúde. Recentemente Wilson Lima precisou vir a público afirmar que os dois hospitais estão funcionando normalmente, isso porque circularam informações de que não há médicos para a realização de cirurgias e de que profissionais estariam sendo demitidos.
“Já alertei minha Polícia Militar, minha Polícia Civil, pedi que a PGE [Procuradoria Geral do Estado] para que comunique também o Ministério Público do Amazonas, a Polícia Federal, para apurar questões como essa. Tudo que estamos fazendo está dentro da lei”, completou o governador.
Nova gestão
A gestão das atividades de saúde no Complexo Hospitalar Zona Sul (CHZS), que inclui o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e o Instituto da Mulher Dona Lindu, passou por alterações. Agora, essas unidades hospitalares estão sob a administração de uma Organização Social de Saúde (OSS) de Goiás.
A entidade selecionada foi a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), contratada em novembro deste ano após vencer um processo licitatório e formalizar um acordo com o Governo do Amazonas.
O edital prevê um orçamento máximo de R$ 2.044.494.743,36 (mais de 2 bilhões de reais) para ser repassado em um período de 60 meses (5 anos), de acordo com o cronograma de desembolso, o que representa aproximadamente R$ 34 milhões por mês.
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