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Ministro argentino diz que houve suspeita de corrupção em conserto de submarino

Ministro argentino diz que houve suspeita de corrupção em conserto de submarino

O submarino ARA San Juan desapareceu há 20 dias no Atlântico Sul, com 44 tripulantes (Foto: Divulgação/Marinha da Argentina

Buenos Aires – Nesta segunda-feira, o governo da Argentina afirmou que há suspeitas de que houve corrupção no processo de conserto do submarino ARA San Juan, desaparecido há 20 dias, durante o mandato de Cristina Kirchner. Apesar da afirmação, o governo disse que não há, contudo, evidências claras.

Submarino desapareceu no Atlântico

O submarino ARA San Juan desapareceu há 20 dias no Atlântico Sul, com 44 tripulantes (Foto: Divulgação/Marinha da Argentina

“Houve uma denúncia por corrupção que foi arquivada sem investigação e que dava contas de algumas anomalias. O que eu posso comprovar é que o navio tinha que ser consertado em dois anos e demorou cinco”, disse o ministro de Defesa, Oscar Aguad.

Em sua primeira entrevista desde o dia 15 de novembro, quando o submarino desapareceu no Atlântico Sul com 44 tripulantes, o ministro da Defesa afirmou que há relatórios de auditoria que dão conta que o material usado durante a reparação, entre 2008 e 2014, não teve a “qualidade exigida” e que relatórios apontam para “outra série de anomalias, como sobretaxas”, que precisam ser investigadas.

O submarino foi construído na Alemanha e incorporado à Marinha argentina em 1985.

“A corrupção tem a ver com as sobretaxas, mas os trabalhos foram feitos. Eu acredito que são duas coisas distintas, mas é preciso investigar”, disse Aguad.

Questionado se o submarino estava em perfeito estado no dia 13 de novembro, quando deixou o porto austral de Ushuaia para sua base da cidade de Mar del Plata, quando desapareceu, Aguad respondeu que “as evidências dizem que sim”.

No entanto, acrescentou que um dos aspectos que deveriam ser investigado pela Justiça é se houve erros por parte da Marinha quando, na noite anterior, ao relatar sua localização pela última vez, o comandante do submarino alertou seus superiores em terra de que tinha entrado água, por meio de um canal de ventilação, que vazou no compartimento das baterias elétricas e produziu um início de incêndio.

Segundo a Marinha, esse problema foi solucionado e o próprio comandante decidiu continuar com a viagem.