Manaus, 9 de outubro de 2024
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Manaus, 9 de outubro de 2024

Cidades

5 Unidades de Conservação recebem purificadores de água no AM

Ao todo, 133 famílias em Unidades de Conservação já foram beneficiadas, e novas instalações estão previstas em mais três comunidades.

5 Unidades de Conservação recebem purificadores de água no AM

(Foto: Divulgação/Defesa Civil do Amazonas)

Manaus (AM) – Com o objetivo de enfrentar os impactos da estiagem que afeta a qualidade da água nos rios da região, o Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), instalou purificadores de água potável em cinco comunidades das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Novo Aripuanã e Manicoré. A ação faz parte da Operação Estiagem 2024, lançada pelo governador Wilson Lima em julho.

Entre os dias 10 e 19 de setembro, os equipamentos foram instalados para garantir que as famílias ribeirinhas tenham acesso à água potável, fundamental para a saúde e prevenção de doenças.

As comunidades Santa Rosa e Delícia (RDS do Rio Madeira), e Santa Maria, Urucury e Pandegal (RDS do Rio Amapá) receberam os purificadores, que foram preparados durante o período de cheia para garantir o transporte adequado.

O gestor da RDS Rio Amapá, Rosivan Moura, destacou a complexidade da logística: “Foi um ano e quatro meses de planejamento, aguardando o momento certo para o transporte, pois as comunidades ficam isoladas durante a seca”.

Os purificadores instalados são capazes de filtrar até 5 mil litros de água por dia, removendo bactérias, sedimentos e contaminantes, tornando a água dos rios própria para o consumo. O sistema de filtração utiliza carvão mineral particulado e areia, além de receber tratamento com sulfato de alumínio e cloro, para eliminar microrganismos. A estrutura inclui caixas d’água, torneiras e mecanismos de limpeza, com durabilidade estimada entre oito e 14 anos, dependendo do uso.

Logística e envolvimento comunitário

O acesso às comunidades é um desafio. Para chegar a Santa Maria, por exemplo, é preciso atravessar 2 quilômetros de mata. Já Pandegal requer três quilômetros de caminhada entre praia e floresta. A Sema forneceu materiais como madeira e combustível para a construção das estruturas, enquanto os moradores contribuíram com a montagem.

Segundo Zaqueu Campos, tesoureiro da Associação de Moradores de Santa Maria, a participação da comunidade foi essencial para o sucesso do projeto.  Os moradores também receberam capacitação para manter as estruturas e purificadores em bom funcionamento.

Benefícios

Ao todo, 133 famílias em Unidades de Conservação já foram beneficiadas, e novas instalações estão previstas em mais três comunidades. Para Rosivan Moura, gestor da RDS Rio Amapá, o impacto é significativo: “Ver os comunitários bebendo água pura, em um lugar onde a água antes era imprópria, é extremamente gratificante.”

As estruturas instaladas são vistas como um patrimônio duradouro pelas comunidades, que agora possuem ferramentas e conhecimento para garantir água potável no presente e no futuro, enfrentando com mais segurança os desafios das mudanças climáticas.

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