Após a Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) publicar informação que 82% dos pais e responsáveis são a favor do retorno híbrido das aulas nas unidades escolares, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), professora Ana Cristina, afirmou que o sentimento que predomina entre os profissionais da educação é o medo.
Segundo a Seduc-AM, a pesquisa identificou que o regime híbrido de aulas foi validado por 97% dos pedagogos que responderam à pesquisa. O mesmo índice de 97% também foi obtido com os professores e gestores, diz a Seduc.
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Ana Cristina, no entanto, rebate ao dados apresentados e afirma que há receio entre os profissionais da educação pelo retorno às salas de aula.
“O receio de retomar as aulas presenciais ainda é muito grande entre pais e trabalhadores da rede estadual de ensino. Essa pesquisa, segundo o que chegou até nós, não dava a opção de ser contra a volta às aulas. Não temos garantia de que as recomendações sanitárias serão seguidas, não tem vacina, o vírus ainda é desconhecido, o número de casos continua subindo no interior do estado”, declarou a presidente.
Segundo o Sinteam a Seduc não dialogou com o sindicato para a elaboração da pesquisa.
“Tentamos diversas vezes conversar com a SEDUC mas não tivemos retorno. Numa live realizada na última quinta-feira, dia 9, pesquisadores da UFAM defenderam retardar o reinício das aulas presenciais por causa da aglomeração de pessoas nas escolas. São milhares de alunos que podem levar o vírus pra dentro de casa. Nesse momento, o que predomina é o medo”, afirma Ana Cristina.
Medidas de Segurança
A Seduc-AM informou que entre as medidas necessárias para o retorno seguro das aulas presenciais, a comunidade escolar assinalou todas as alternativas propostas na pesquisa como importantes. São elas: distanciamento, escalonamento para horários de intervalos e saída; uso de máscaras pelos profissionais e estudantes; medição de temperatura diária na entrada das escolas; disponibilização de mais pias e totens de gel; redução da quantidade de alunos nas salas de aulas; e apoio psicológico aos estudantes.
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