Milhões de pessoas no mundo todo celebram a Páscoa hoje, uma das comemorações mais importantes para os cristãos e abalada, pelo segundo ano consecutivo, pela pandemia de coronavírus. Mais uma vez sem público na Basílica São Pedro, o papa Francisco pediu à comunidade internacional para compartilhar as vacinas contra a covid-19 com os países pobres.
“No espírito de internacionalismo das vacinas, eu exorto toda a comunidade internacional a se comprometer para superar os atrasos na distribuição e favorecer o compartilhamento, em particular com os países mais pobres”, declarou o papa em sua homilia.
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Por conta das restrições sanitárias, apenas algumas dezenas de religiosos e fiéis foram autorizados a participar da celebração. Na bênção Urbi e Orbi, ele ressaltou que as vacinas “constituem um instrumento essencial na luta” contra a pandemia e seus efeitos econômicos. Francisco tem sido um árduo defensor da imunização em massa e contra o “negacionismo suicidário” dos que se recusam a se proteger, afirmou em janeiro.
Homenagem aos profissionais da saúde
O pontífice também homenageou os milhares de profissionais da saúde, que permanecem mobilizados nos hospitais para salvar doentes do coronavírus neste domingo de Páscoa. “Que o Senhor lhes reconforte e apoie os esforços dos médicos e enfermeiros”, disse, estendendo a bênção aos doentes e àqueles que perderam alguém para a doença que já matou mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo.
O papa pediu ainda que os governos providenciem “ajuda necessária para uma subsistência suficiente às famílias mais necessitadas” neste período de pandemia, e demonstrou preocupação com as crianças e jovens privados de escola.
“Nós todos precisamos viver relações humanas reais e não apenas virtuais, particularmente na idade em que se formam o caráter e a personalidade”, afirmou. O papa também voltou a pedir a reabertura dos locais de culto e de religião, apesar dos riscos de contaminação nos ambientes fechados.
Guerras e corrida armamentista são “escandalosas”
Francisco lembrou ainda os conflitos armados que permanecem pelo planeta, apesar da Covid-19. Ele citou Mianmar, Haiti, Síria, Ucrânia e Sahel, entre outros, e julgou “escandaloso” que as guerras e a corrida aos armamentos continuem no contexto sanitário atual. Mencionou ainda o Iêmen, “envolto por um silêncio ensurdecedor e escandaloso”.
“Como um mundo sem esses instrumentos de morte seria melhor”, frisou. “Que o Senhor, nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”, sublinhou o papa.
(*) Com informações do site UOL
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