Manaus (AM) – O Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) aprovou, em reunião realizada nesta quarta-feira (26), a implementação de 50 projetos empresariais que devem criar 847 empregos, totalizando R$ 717 milhões em investimentos. As iniciativas abrangem desde a fabricação de motocicletas e frigoríficos até segurança eletrônica nas modalidades de implantação, atualização e adequação.
Segundo o superintendente adjunto da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Sedecti), Gustavo Igrejas, a meta é fechar o ano com 283 projetos aprovados. Na abertura da reunião, o superintendente apresentou um balanço das atividades realizadas no Polo Industrial de Manaus.
Os setores de indústria e comércio respondem, respectivamente, pelos segundo e terceiro maior número de empregos criados nos dois primeiros meses deste ano, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O setor de serviços ficou no topo do ranking. Em sentido inverso, comércio e indústria contribuíram para a alta de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Entre 2022 e 2023 houve acréscimo de 3,53% na arrecadação do tributo do Amazonas.
“Hoje, o setor de informática lidera o faturamento do PIM. Em seguida, temos o de eletroeletrônicos, que sempre teve boa participação no levantamento, com 18%. Já o setor de duas rodas responde por 15%”, explicou.
O PIM teve faturamento de R$ 34 bilhões no ano passado, o quinto maior da série histórica, superando o índice do setor de turismo no Brasil. “Apesar dos baques, a Zona Franca de Manaus continua resiliente, sempre crescendo. Se a ZFM fosse um país, estaria entre as maiores 100 nações do mundo”, exemplificou. Gustavo.
Sem partidarismos
“Apesar das dificuldades, são resultados positivos”, comentou o diretor da Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Nelson Azevedo, sobre o balanço. “Gostaríamos que as reuniões do Codam e Cais (Conselho de Administração da Suframa) sejam feitas regulamente. Isso traz aos investidores da região segurança, e deve resultar em crescimento no comércio e no setor de serviços”.
Azevedo, que também é diretor da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), se mostrou preocupado com o modelo de reforma tributária que está sendo avaliado pelo Congresso, com pontos relacionados à política de isenções fiscais que mantém o PIM, e pediu que os parlamentares superem as diferenças partidárias ao votar a proposta.
“Temos que falar a mesma língua, esquecer a coloração patifaria. Vamos defender o grande partido da Amazônia Ocidental e o grande modelo denominado Zona Franca de Manaus”, concluiu.
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