Cardápio Digital (Foto: Divulgação/Internet/Site Mercado e Consumo)
Manaus (AM)- A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel) declarou ser contra obrigar cardápios fiscos em estabelecimentos do estado. A declaração foi dada ao Portal AM1 após o deputado propor Projeto de Lei (PL) que obriga bares e restaurantes a disponibilizarem cardápios físicos, além do digital.
Rodrigo Zamperlini, presidente da Abrasel, afirmou ao Portal AM1 que cabe aos restaurantes e bares decidirem a melhor forma de apresentar seus menus aos clientes, seja ele virtual ou impresso.
“A Abrasel não é favorável a uma imposição de uma lei para obrigar o estabelecimento a ter o cardápio impresso”, destacou.
O presidente também afirmou que cabe ao cliente fazer essa escolha, já que é ele o principal interessado nesse assunto.
“Nós entendemos que o cliente tem liberdade de escolha. E que se ele [cliente] for a algum estabelecimento que tenha apenas o cardápio em QR Code, que não agrade, tem toda a liberdade de buscar um outro local onde ele se sinta atendido com o cardápio impresso”, enfatizou.
Vale lembrar que os cardápios em formato digital ganharam força durante a pandemia de covid-19, para evitar uma maior contaminação do vírus causador da doença.
Desde então, essa nova ferramenta de tecnologia cresceu e se tornou uma das mais usadas entre os donos de estabelecimentos comerciais. Mas, apesar da praticidade, a opção ainda divide opiniões e levanta debate.
Por conta do aumento, houve de forma automática uma diminuição nos cardápios impressos. Segundo Zamperlini, isso se tornou uma escolha de mercado, e não há necessidade de uma lei para “regulamentar’ uma escolha que cabe ao estabelecimento e ao cliente.
Projeto de Lei
O PL, que proíbe os estabelecimentos de Manaus a usarem exclusivamente o cardápio digital, foi proposto pelo deputado estadual Thiago Abrahim (UB), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na última semana.
De acordo com o texto, os cardápios em formato digitais não são inclusivos. O deputado afirma que para se ler um QR Code, a pessoa precisa ter um aparelho celular conectado à internet, o que nem sempre é possível.
Além disso, o deputado argumenta que eles [cardápios digitais] atrapalham a “interação social” entre as pessoas.
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