Manaus, 7 de maio de 2024
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Menina ucraniana engravida após ser vítima de estupro coletivo cometido por soldados russos

Esse não é o primeiro caso de estupro coletivo cometido por russos desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou

Menina ucraniana engravida após ser vítima de estupro coletivo cometido por soldados russos

Foto: Agência Brasil

São Paulo, SP – Aos 14 anos, uma adolescente ucraniana espera o primeiro filho após ser violentada sexualmente por membros do exército russo em Bucha, na Ucrânia. A garota foi vítima de um estupro coletivo cometido pelos russos, segundo a psicóloga Oleksandra Kvitko.

A família da vítima planeja manter a gestação, uma vez que os médicos alertaram que um aborto agora poderia impedir que ela engravidasse no futuro. Esse, no entanto, não é o primeiro caso de estupro desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou.

A psicóloga revelou que trabalha com cinco adolescentes de 14 a 18 anos que estão grávidas depois de serem estupradas por soldados russos. A linha de atendimentos para casos deste tipo já recebeu 103 denúncias, até a última terça-feira (26).

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As denúncias são de recém-libertados, mas as vítimas não incluem apenas mulheres, mas também homens e crianças pequenas. A vítima mais jovem com quem ela trabalha tem 10 anos. Diretora do Centro de Liberdades Civis da Ucrânia, Oleksandra Matviychuk, disse nas redes sociais que muitas ucranianas refugiadas na Polônia não podem abortar, uma vez que lá a legislação sobre aborto é muito rígida.

“Mulheres ucranianas que foram estupradas por russos e deixadas na Polônia não podem fazer abortos lá. Sob a lei polonesa, o aborto é permitido em caso de estupro, mas ainda não há processo criminal. Psicólogos na Polônia estão convencendo-a de que uma nova vida é maravilhosa. Eles destroem a vida de ambos”, afirmou ela.

A deputada Kira Rudyk, membro do Parlamento da Ucrânia, afirmou que a violência sexual é “sistemática em todas as áreas ocupadas pelos russos” e que ouviu relatos de mulheres que engravidaram de seus estupradores. A parlamentar ainda disse que as forças russas usaram o estupro como uma ferramenta para aterrorizar as pessoas, porque os ucranianos estavam resistindo à invasão.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também relatou que “centenas de casos de estupros foram registrados” desde o início da invasão russa. Segundo o presidente ucraniano, entre as vítimas estão meninas adolescentes e crianças pequenas, além de um bebê.