Uma pesquisa realizada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) resgatou a perseguição que os governos militares fizeram aos educadores da universidade no período da ditadura no Brasil (1964-1985), como mostra matéria publicada no site da instituição.
Sob a “acusação” de serem “cérebros de contestação” e ligados a entidades de defesa dos direitos humanos e dos trabalhadores, sete docentes foram parar na lista do Serviço Nacional de Informações (SNI) entre 1980 e 1981, na condição de “militantes vigiados”.
Nesse período, o presidente da República era João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985) e seu governo via na Adua uma ameaça no Amazonas contra a permanência dos militares no poder, classificando a instituição de “mentora intelectual” de movimentos reivindicatórios e responsável por reunir “a elite de professores esquerdistas e radicais”.
A pesquisa mostra aos defensores da volta da ditadura militar que, naquela época, expressar opinião crítica ao governo era sinônimo de crime.
Regime x Ditadura
A matéria da Adua – escrita pela jornalista Daisy Melo – deixa claro a diferença entre regime e ditadura militar, embora o primeiro conceitue o segundo na maioria dos livros de História.
AI-5 e seus reflexos
Baixado em 1968, quatro anos após a posse imposta do primeiro presidente militar, o Ato Institucional 5 (AI-5), deu poder de exceção aos governantes no Brasil.
‘Inimigos do governo’
O AI-5 permitia ao presidente punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados, sem passar por investigação ou mesmo por um julgamento diante de um juiz.
Matéria viralizou
Republicada em dezenas de sites, o material da Adua foi um dos posts mais compartilhados na sexta-feira, 19. Chamou a atenção dos internautas as entidades acusadas de serem inimigas do governo: Conselho Indigenista Missionário, Pastoral Operária e o Diretório Central dos Estudantes.
*Com a colaboração de Álisson Castro
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(*) Publicada, simultaneamente, na Coluna Claro&Escuro do Jornal Diário do Amazonas
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