Foto: Divulgação
Além da pandemia de covid-19, que já vitimou 19 pessoas e registra 2.237 casos no município de Boca do Acre, os moradores da região ainda enfrentam enchentes e alagamentos causados pela cheia dos rios Acre e Purus. Até esta quinta-feira (18), mais de 3 mil pessoas já foram afetadas pelos estragos.
De acordo com a Prefeitura de Boca do Acre, a cota linimétrica da subida da água está em 19,27 metros. Até ontem, esse número era de 19,12 metros. Isso significa um aumento de 15 centímetros em 24 horas. A cota de alerta, de 18 metros, foi alcançada no último dia 12 deste mês.
O rio Purus é um curso de água da Amazônia, que percorre o território do Peru e dos estados brasileiros do Acre e do Amazonas. Já o rio Acre é um dos afluentes do rio Purus.
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Na capital Rio Branco, no Acre, foi decretada situação de emergência devido ao transbordamento do rio. Já em Boca do Acre, segundo a assessoria de comunicação, embora cerca de 3 mil pessoas já tenham sido afetadas pela cheia, ainda não foi publicado nenhum decreto de situação de alerta ou emergência. A cidade possui 34.635 mil habitantes, segundo dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As pessoas desabrigadas, de acordo com a prefeitura, estão sendo alocadas em três instituições de ensino municipal na cidade; lá, eles recebem atendimento especializado. Ainda de acordo com informações, os acolhimentos iniciaram no último dia 14, no município.
Ontem, o prefeito Zeca Cruz informou, por meio das redes sociais da Prefeitura de Boca do Acre, que esteve nas áreas alagadas. As fotos mostram o cenário de caos em que bairros e ruas se encontram. “Como é de conhecimento de todos, algumas famílias já estão sendo recebidas em nossos abrigos e já há muitos sendo afetados diretamente. Ressalto, em nome da Prefeitura de Boca do Acre, que não vamos deixar ninguém desamparado”, escreveu no post.
No último dia 15, o prefeito e as Forças de Segurança do município, Marinha do Brasil e Secretarias da Administração, se reuniram para traçar estratégias a fim de minimizar os danos causados pelas cheias dos rios Acre e Purus.
Deputado
O deputado estadual Sinésio Campos (PT) apresentou, nesta quinta-feira (18), um requerimento pedindo que a Defesa Civil do Estado do Amazonas forneça ajuda humanitária às famílias das comunidades ribeirinhas de Boca do Acre, que estão sendo afetadas pela enchente do rio, bem como de moradores de bairros na sede do município que também estão prejudicados pela enchente.
“A enchente assola a vida das pessoas que vivem às margens do Rio Purus. Situação que traz o perigo de doenças endêmicas como dengue e, sobretudo, terreno propício para propagação do novo coronavírus, portanto, se faz necessário o socorro às vítimas da Covid-19, mas também da enchente nos municípios da região”, disse o deputado.
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