Manaus, 29 de março de 2024
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Cidades

Alvos da 2ª fase da Operação Sangria vão para presídios comuns

As prisões temporárias dos cinco alvos têm duração de cinco dias e podem ser prorrogadas

Alvos da 2ª fase da Operação Sangria vão para presídios comuns

Foto: Márcio Silva - Portal Amazonas1

As cinco pessoas presas na segunda fase da Operação Sangria, deflagrada nesta quinta-feira (8) em Manaus, devem ir para presídios comuns ainda hoje, conforme o delegado da Polícia Federal do Amazonas, Henrique Albergaria Silva.

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Eleições

A PF não confirma os nomes dos alvos dos mandados de prisão temporária, mas o que se tem informação é que foram presos o ex-secretário de Saúde, Rodrigo Tobias; a ex-secretária executiva de Saúde, Daniela Mejia de Souza; o empresário Luiz Carlos Avelino Júnior, marido da ex-secretária de Comunicação Daniela Assayag; o engenheiro Ronald Caldas dos Santos; e o empresário Gutemberg Leão Alencar.

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Empresário influente  

Apesar de não confirmar os nomes dos alvos dos mandados de prisão, ao ser questionado sobre o envolvimento do empresário Gutemberg Leão Alencar, o delegado explicou que um dos empresários presos atuou como forte articulador na cúpula do governo do Amazonas, no esquema da compra dos 28 respiradores superfaturados.

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Gutemberg seria o agente intermediador nesta negociação entre o governo e a empresa comprovadamente beneficiada no esquema.

Marido de Assayag

Sobre o marido da ex-secretária de Comunicação Daniela Assayag, o empresário Luiz Avelino Júnior, o delegado confirmou que ele é um sócio oculto que foi beneficiado na compra dos respiradores.

Uma prova disso, é que Avelino usou parte dos lucros da venda dos aparelhos para a compra de testes rápidos da covid-19, que logo depois foram vendidos para o governo do Estado.

CPI da Saúde

O empresário teve seu nome citado no esquema ainda dentro das investigações da CPI da Saúde, na Aleam. Ele foi apontado como sócio da empresa Sonoar, que foi a responsável por comprar os respiradores do exterior e os revendeu para a loja de vinhos FJAP, por R$ 2,4 milhões.

Essa adega vendeu os respiradores para o governo com preços superfaturados, por R$ 2,9 milhões. Boa parte dos valores dessa venda foram enviados para a conta de uma empresa no exterior, que segundo a PF, é uma empresa de fachada, pois seu endereço fica em um terreno residencial.

O esquema envolvendo essas três empresas é citado pela PF como uma manobra de triangulação.

Assayag tentou se defender

A ex-secretária Daniela Assayag chegou a justificar que seu marido não teve ligação com o esquema, pois o mesmo teria vendido sua parte na empresa Sonoar ainda no início do ano. Porém, depois desse episódio, a jornalista pediu exoneração do cargo.

Surgiu a informação de que ela teria sido presa nesta manhã. A informação não foi confirmada, porém indícios apontam que a casa dela foi alvo do cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Defesa 

Nenhum dos cinco presos citados e nem a Daniela Assayag se manifestaram até o momento.

O Governo do Estado soltou uma nota informando que está colaborando com as investigações e citou que os alvos da operação são ex-servidores.