Manaus, 4 de maio de 2024
×
Manaus, 4 de maio de 2024

Cidades

AM precisa remover 1.500 pacientes de hospitais para reduzir mortes por covid-19, diz Pazuello

Pazuello enfatizou que a necessidade de abertura de leitos de UTI ainda é enorme no Estado, mas não dá para montar 1.500

AM precisa remover 1.500 pacientes de hospitais para reduzir mortes por covid-19, diz Pazuello

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que está deixando Manaus após seis dias seguidos na capital do Amazonas. A presença dele no estado ocorreu para buscar solucionar o problema da falta de oxigênio e de leitos em unidades hospitalares. O ministro destacou que o Amazonas precisa, ainda, desafogar os hospitais para evitar a média de 100 mortes por dia ocasionadas pela covid-19.

Pazuello informou que estará saindo de Manaus na tarde desta sexta-feira (29). O ministro está no Amazonas desde a noite do último sábado (23). O anúncio ocorreu durante a Cerimônia de Recepção dos Profissionais ‘Mais Médicos’, na sede da Prefeitura de Manaus. Manaus está recebendo 108 médicos selecionados pelo programa do governo federal para reforçar o atendimento na atenção básica de saúde.

Durante sua presença na capital amazonense, Pazuello acompanhou a reabertura do Hospital Nilton Lins e da Enfermaria de Campanha instalada no Hospital Delphina Aziz. Com as duas novas unidades, foram abertos 80 novos leitos clínicos e de unidade de terapia intensiva (UTI).

Leia mais: Após falta de oxigênio, EUA anunciam ajuda para crise sanitária em Manaus

Contudo, o ministro enfatizou que a necessidade de abertura de leitos de UTI ainda é enorme, por isso, ele destacou a importância das remoções de pacientes dos hospitais para outros estados. Pazuello esclareceu que Manaus ainda precisa remover 1.500 pacientes. É a principal iniciativa no momento para evitar a média de 80 a 100 mortes diárias.

“Sem a remoção de 1.500 pessoas, nós não estabilizamos o impacto na atenção especializada. Se nós não removermos 1.500 do atendimento especializado, vai continuar morrendo de 80 a 100 pessoas por dia, porque não há UTIs e não se cria uma UTI do dia para noite. Não há um leito de UTI. Estamos providenciando novos leitos, mas a montagem de montar leitos de UTI é diferente do que montar um leito clínico. A remoção é a única solução para diminuir o impacto da fila sobre a atenção especializada”, declarou o ministro.

Pazuello ainda esclareceu que o problema do oxigênio está estável no Amazonas, mas que o ministério vai continuar auxiliando para equacionar esse desabastecimento.