Comércio do Centro de Manaus (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Manaus (AM) – Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, apontam que em fevereiro o Amazonas tinha mais beneficiários do Programa Bolsa Família – do Governo Federal – do que profissionais contratados com carteira assinada.
De acordo com as informações, no mês, o Amazonas tinha 638.787 beneficiários do Bolsa Família e apenas 476.074 trabalhadores com carteira assinada.
Os dados colocam o Estado em 10º entre os 13 demais Estados no Brasil nos quais a relação entre beneficiários do Bolsa Família supera a de trabalhadores com carteira assinada.
O ranking nacional é liderado pelo Maranhão, onde, segundo dados do Caged, há 1.255.565 beneficiários do Bolsa Família e 580.556 trabalhadores com carteira assinada.
Na Região Norte, o Amazonas é 4º dentre os com mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada, atrás do Pará, com 1.381.470 beneficiários contra 854.892 trabalhadores com carteira assinada; Amapá com 127.408 pessoas no Bolsa Família contra 76.690 trabalhadores formais; e o Acre, com 134.231 beneficiários do Programa social contra 92.473 trabalhadores com carteira assinada.
Para especialistas, a discrepância entre os números pode ser resultado da ampliação de 49% no número de beneficiários do Bolsa Família, especialmente no último ano do Governo de Bolsonaro, que ampliou de 14,5 milhões de atendidos para 21,6 milhões no ano eleitoral de 2022.
Ao menos 3 milhões dos 7 milhões de novos beneficiários foram incluídos no programa nos 3 meses que antecederam as eleições, segundo dados do Portal O Poder360.
Criação de emprego
Em fevereiro deste ano, no segundo mês do Governo Lula, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que foram criadas 241.785 empregos com carteira assinada.
Os dados foram divulgados no dia 29 de março. Quatro dos cinco grupos pesquisados pelo Caged registraram saldo positivo na criação de empregos: serviços (+164.200 vagas), construção (+22.246), indústria (+40.380) e agropecuária (+16.284). Por outro lado, houve retração no comércio (-1.325).
O número de vagas referentes aos empregos formais, apesar de alto, representa, na verdade, uma queda de 31,6% em relação a fevereiro do ano passado, quando foram criados 353,29 mil empregos formais, segundo dados do Caged.
Em janeiro de 2023, o Brasil havia registrado a criação de 83 mil empregos com carteira assinada.
LEIA MAIS:
- Bolsa Família: há indícios que 2,5 milhões recebem de forma irregular
- Wellington Dias deve apresentar novo Bolsa Família em fevereiro
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
