
Amazonas bate R$ 62 bilhões em impostos: como isso impacta a população? (Foto: brenosaturnino/Depositphotos)
Manaus (AM) – Entre 1º de janeiro e 9 de fevereiro de 2025, o Amazonas arrecadou R$ 62 bilhões em impostos, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Somente em tributos municipais, a capital amazonense registrou uma arrecadação de R$ 254 milhões no período.
Diante desses números, o Portal AM1 ouviu economistas para entender de que forma os impostos pagos pela população podem ser revertidos em benefícios públicos. O economista e consultor empresarial, Lauro Brasil, destacou que o aumento da arrecadação tem impacto direto nas finanças do estado.
“A alta na arrecadação de impostos amplia a disponibilidade de recursos para investimentos e custeio de serviços essenciais”, afirmou ao Portal AM1.
A análise da mesma plataforma revela um crescimento de R$ 5 bilhões na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais no Amazonas em relação ao mesmo período do ano anterior. Sobre esse aumento, o economista Altamir Cordeiro explicou que setores como saúde e educação tendem a ser beneficiados.
“Com uma fiscalização mais eficiente e o uso de tecnologia, a receita tem crescido nos últimos anos. As áreas mais beneficiadas são: saúde, educação, segurança pública e infraestrutura”, ressaltou.
Um dos principais motores econômicos do Amazonas, a Zona Franca de Manaus (ZFM) tem papel central na arrecadação do estado. Segundo Lauro Brasil, o desempenho do polo industrial impacta diretamente a receita tributária.
“O bom desempenho econômico da ZFM, impulsionado pelos incentivos fiscais e pela produção industrial, contribui para o aumento da arrecadação de impostos, como o ICMS. Quando as empresas da ZFM vendem mais, o estado arrecada mais, refletindo o sucesso do modelo econômico da região”, explicou.
Altamir Cordeiro reforçou essa visão, destacando que a Zona Franca também influencia a arrecadação nos âmbitos federal, estadual e municipal. No entanto, ele alerta para a vulnerabilidade do modelo frente ao cenário econômico nacional.
“A produção local atende ao mercado nacional de bens de consumo. Se a economia vai bem, há consumo. Caso contrário, há retração na arrecadação”, pontuou.
Destino da arrecadação
Em relação à aplicação dos recursos arrecadados, Cordeiro ressaltou a importância de acompanhar os gastos dos governos para garantir que os tributos sejam convertidos em melhorias para a população.
“É importante o acompanhamento dos gastos dos governos através dos portais de transparência e atuação das casas legislativas. Os cidadãos precisam cobrar a aplicação dos recursos públicos em ações que melhorem a vida das pessoas, principalmente aquelas mais vulneráveis”, afirmou.
Já Lauro Brasil destacou que a gestão eficiente da arrecadação exige planejamento estratégico e fiscalização rigorosa.
“A administração desses recursos demanda priorização de projetos e mecanismos de controle. Além disso, é essencial equilibrar as demandas imediatas, como saúde e educação, com investimentos de longo prazo, como infraestrutura”, concluiu.
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