Manaus, 27 de abril de 2024
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Manaus, 27 de abril de 2024

Cidades

Amazonas recebe alerta do Serviço Geológico sobre cheia dos rios

Manacapuru e Itacoatiara seguem a previsão para Manaus

Amazonas recebe alerta do Serviço Geológico sobre cheia dos rios

Foto: Arquivo / Portal AM1

Manaus – Dados do alerta de cheia divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), nessa terça-feira (31), indicam que os rios que cortam os municípios de Manaus, Itacoatiara e Manacapuru já superaram as respectivas cotas de inundação severa este ano.

Para Manaus, a previsão é que o Rio Negro atinja aproximadamente 29,65 metros (m), com um intervalo provável variando entre 29,47 m e 30 m (considerando 80% de intervalo de confiança). Tanto a cota de inundação (27,50 m) quanto a cota de inundação severa (29 m) já foram superadas no município.

Informações do Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas (SAH Amazonas) apontam para um aumento na frequência com que os eventos extremos atingem a capital amazonense, desde o princípio do monitoramento até os dias de hoje. Os dados indicam que seis das dez maiores cheias de toda a série de Manaus aconteceram na última década.

Cheia: cota do Rio Negro sobe para 27,97 metros e se iguala ao mesmo período de 2021
Foto: Marcely Gomes

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Manacapuru e Itacoatiara seguem a previsão para a capital. No município de Manacapuru, a previsão é de que o Rio Solimões atinja aproximadamente 20,15 m, com um intervalo provável variando entre 19,90 m e 20,50 m. A probabilidade de que o rio venha atingir a cota máxima histórica de 20,86 m, registrada em 2021, é de 2%. Em Itacoatiara, a previsão é de que o Rio Amazonas atinja 14,85 m, com variação entre 14,76 m e 15 m. A probabilidade de que o rio venha superar a cota máxima (15,20 m em 2021) é também de 2%.

Monitoramento

O serviço de monitoramento do CPRM na Amazônia é realizado desde 1989. As principais áreas monitoradas abrangem os municípios de Manaus, Itacoatiara e Manacapuru.

O meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Renato Senna explicou que para os primeiros meses de 2022, o fenômeno de resfriamento das águas do Pacífico, conhecido como La Ninã, modificou os regimes de chuva trazendo um grande volume de chuvas para a região.

Segundo a analista Deydila Bonfim, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a previsão para os três próximos meses é ainda de chuvas acima do normal nas bacias dos rios Negro e Branco.

(*) Com informações da Agência Brasil