O presidente Jair Bolsonaro (PSL) compartilhou um storie em seu perfil do instagram, na noite de segunda-feira,13, mostrando uma pichação no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na zona Leste de Manaus. A foto foi publicada por um perfil chamado “Direita Amazonas”, e em seguida repostada por Bolsonaro em sua rede social.
“O discurso ‘mais amor e menos ódio’ passa longe da realidade daqueles que vivem repetindo essa frase. Vandalismo na Universidade Federal do Amazonas – Ufam”, diz a legenda da publicação original.
Nos comentários, apoiadores de Bolsonaro repudiaram a pichação na Universidade. “Que vergonha! Vão para estudar ou para fazer vandalismo?”, disse um internauta.
“Jovens tolos e comunistas! Pais nunca ensinaram respeito a eles! Não têm argumentos e ficam baixando o nível com palavrões”, disse outro seguidor do presidente.
Em nota, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) informou que abriu uma sindicância investigativa para identificar a autoria do possível ato de vandalismo contra patrimônio público.
Corte de verba
No mês passado, o Ministério da Educação (MEC) anunciou cortes às universidades que não apresentarem “desempenho acadêmico esperado” e que promovam eventos com “balbúrdia” em suas instalações. A redução na verba de investimento no ensino Superior pode chegar a R$ 5,8 bilhões.
O anúncio foi feito durante entrevista do ministro Abraham Weintraub ao jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo Weintraub, três universidades já tiveram repasses reduzidos: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, continuou Weintraub ao jornal. Os critérios de avaliação não foram informados.
Ufam afetada
Apesar da declaração inicial do ministro do MEC ter sido voltada especificamente para três universidades, veio à tona a informação de que a Universidade Federal do Amazonas também seria afetada.
Na Ufam, foram bloqueados R$ 38 milhões que representa 5,3% do orçamento previsto para 2019. Sem essa verba, a instituição deve suspender projetos de iniciação científica e remanejar o orçamento em diversas áreas.
A medida revoltou professores, pesquisadores e, principalmente, os alunos que, em alguns casos, atuam em projetos da universidade e são beneficiados com bolsas de estudos.
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