Manaus, 18 de abril de 2024
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Manaus, 18 de abril de 2024

Cidades

Cheia leva municípios do Amazonas a decretar estado de emergência

Os alagamentos causam danos materiais, ambientais, econômicos e sociais, desabrigando famílias, destruindo plantações e criações, avarias nas vias e prédios públicos e problemas de saúde na população

Cheia leva municípios do Amazonas a decretar estado de emergência

Boca do Acre. Foto: Welisson Silva

Com a subida dos rios Acre e Purus, a população dos municípios de Boca do Acre e Ipixuna enfrenta problemas cada vez maiores, que vêm causando danos materiais, econômicos e sociais.

Por conta disso, os gestores municipais, Zeca Cruz, de Boca do Acre, e Maria Oliveira, de Ipixuna, decretaram ‘situação de emergência’ nas regiões, conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios (DOM).

Em Ipixuna, a cota do rio ultrapassa os 13,44 centímetros, provocando vários pontos de alagamentos na área urbana. Seis bairros já foram atingidos, com o total de 1.367 famílias de zona rural e 2.088 famílias da zona urbana, totalizando 3.455 famílias afetadas.

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Banhado pelos rios Acre, Purus e Lago Novo, a cidade de Boca do Acre foi alcançada pela cheia desde o dia 12 de fevereiro, sendo o primeiro a ser atingido pelas forças das águas. Nessa mesma data, a cheia em Boca do Acre ultrapassou a cota de alerta, que é 18 metros.

De acordo com o decreto, ao todo, 1.149 famílias já se encontram afetadas pela enchente em seis bairros da área urbana, além de 528 famílias em 28 localidades da zona rural do município. Porém, nas redes sociais, a Prefeitura de Boca do Acre informa que, até o último dia 20, o total de famílias e pessoas atingidas pela enchente é de 1.393 e 5.481, respectivamente.

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Com a subida gradual dos rios, vários pontos da cidade registram alagamentos, que causam “danos materiais, ambientais, econômicos e sociais, desabrigando famílias, destruindo plantações e criações, avarias nas vias e prédios públicos e problemas de saúde na população”.

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Em Boca do Acre, inclusive, o prefeito Zeca Cruz suspendeu a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na cidade. De acordo com o decreto, a “suspensão é por tempo indeterminado, a depender de novo decreto, após o restabelecimento das condições normais na cidade”.

Na semana passada, o prefeito Anderson Sousa, de Rio Preto da Eva, e o prefeito de Guajará, Ordean Gonzaga da Silva, também decretaram estado de emergência por conta da cheia.

De acordo com o DOM, os municípios de Canutama, Pauini e Envira estão em estado de alerta, pois estão próximos de alcançar a cota máxima.

Deputados

Nesta terça, o deputado Adjuto Afonso (PDT) solicitou, ao governo estadual, que destine ações emergenciais, por meio da Defesa Civil e demais secretarias de estado, aos municípios de Boca do Acre, Pauini e Envira, que decretaram situação de emergência ou calamidade pública por conta da cheia dos rios Purus e Juruá, respectivamente.

O parlamentar reforça que sejam enviadas equipes da Defesa Civil para auxiliar os prefeitos na condução de ações que minimizem os impactos naturais, bem como prover recursos para socorrer as famílias atingidas, via Secretaria de Assistência Social (Seas).