O prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza, ignorou o novo decreto estadual – que restringe as atividades do comércio no Amazonas e a realização de eventos – e vai promover uma festa de Réveillon no município.
De acordo com os últimos dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Rio Preto da Eva registra 2.078 casos de coronavírus; óbitos pela doença somam 24.
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Em justificativa para manter a festa, Anderson Souza alega que possui 100% da estrutura de farmácia abastecida para as três fases do protocol do município e, afirma, ainda, que a flexibilização deve ser feita de acordo com a estrutura do município.
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“Optamos por não seguir o decreto devido nossa estrutura de farmácia estar 100% abastecida para as três fazes do protocolo, 20 leitos [semi-UTIs] com ocupação de 2 leitos. Todos nós devemos fazer a flexibilização de acordo com a estrutura do município no combate à covid-19, conforme defende o Supremo Tribunal Federal”, diz Anderson Souza.
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Essa declaração do prefeito foi publicada em suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (28), juntamente com o cronograma da festa de Réveillon, que começará às 19h e terminará às 02h00. O evento, em meio à pandemia, reunirá artistas como Guto Lima, além de DJs e queima de fogos.
Crítica
Na mesma publicação, Anderson Souza comparou o município de Rio Preto da Eva com a capital Manaus e criticou a atuação da prefeitura nas ações de combate à covid-19.
“Cada município tem sua realidade, Manaus está um caos devido à rede municipal não ter nada, o hospital de campanha que era da prefeitura foi desmontado, o Governo do Estado vem mantendo todas as atividades de combate à covid-19 por Manaus ter pouca estrutura na atenção básica”, diz o prefeito.
Controvérsia
A justificativa do gestor não é plausível e a decisão de manter a festa de Réveillon vai na contramão das recomendações nacionais e locais.
O próprio governador Wilson Lima, no primeiro anúncio de restrição do comércio, afirmou que o aumento no número de casos de coronavírus no Amazonas se dá devido às eleições e às festas clandestinas.
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