Manaus, 29 de março de 2024
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Cidades

Waldívia Alencar é denunciada por corrupção ativa após tentar subornar fiscal

Em 2018, Waldivia Alencar foi presa durante a operação "Concreto Armado" sob acusação de desviar mais de R$ 25 milhões e fraudar licitações

Waldívia Alencar é denunciada por corrupção ativa após tentar subornar fiscal

(Foto: Reprodução)

A ex-secretária de Estado de Infraestrutura (Seinfra) Waldívia Ferreira Alencar entrou na mira do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por tentar subornar um fiscal da pasta para aprovar obras sem analise técnica. Ela foi denunciada por corrupção ativa.

Em 2018, Waldivia Alencar foi presa durante a operação “Concreto Armado” por desviar  mais de R$ 25 milhões e fraudar licitações.

Segundo a denúncia no MP, a ex-gestora prometeu vantagem indevida ao então chefe do Laboratório de Análises de Solos e Asfalto da Seinfra, Glaupércio Santos Castelo Branco, para que aprovasse laudos laboratoriais atestando a qualidade das obras da pasta, “sem a devida coleta do material de análise, produzindo com isso laudos falsos”.

Em depoimento, ele relatou que o laboratório teria a finalidade de realizar ensaios técnicos de visibilidade das obras, consistindo na análise de estabilidade correta do asfalto, areia quente ou concreto asfáltico betuminoso, bem como estudo das camadas que formam um pavimento.

Glaupércio explicou que o espaço era instalado nas dependências da Seinfra e era composto de aparelhos suficientes para analisar tanto a qualidade do asfalto quanto a do pavimento, podendo determinar a vida útil do produto. No entanto, ele alegou que durante a gestão de Waldívia notou que “não estavam fluindo os ensaios para as obras do Estado”.

Segundo o então chefe, a ex-secretária chegou a ser questionada sobre a não utilização do laboratório, mas não obteve resposta. Após o episódio, Waldívia teria ido ao local e informou que ele seria usado de forma que o fiscal “apenas preencherias as fichas de ensaios técnicos atestando a regularidade das obras”.

Além disso, afirma que a então secretária ofereceu R$ 100 mil para “regularização” de obras antigas e R$ 10 mil mensal para as novas após afirmar que “ele não tinha uma vida financeira estável e agradável”. Diante da negativa de suborno ao servidor, Waldivia desativou o laboratório e contratou uma empresa por R$ 133 milhões para fazer os mesmos serviços do local.

O MP denunciou a ex-secretária por corrupção ativa e se condenada, com as agravantes, pode cumprir mais de 12 anos de prisão. A investigação esta sendo conduzida pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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