Manaus, 3 de maio de 2024
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Cidades

White Martins vai recorrer ao oxigênio produzido na Venezuela para abastecer Manaus

A companhia aponta que somente o consumo atual de cinco hospitais de Manaus é maior do que a capacidade de produção total da planta local

White Martins vai recorrer ao oxigênio produzido na Venezuela para abastecer Manaus

Devido o aumento considerável de pacientes internados com a covid-19 nas unidades de saúde, o Amazonas vem sofrendo com a falta de oxigênio para atender a todos. A White Martins que é uma das maiores fornecedoras de gás hospitalar no Brasil emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (14), onde afirma que pode recorrer a oxigênio produzido na Venezuela para abastecer os hospitais.

Segundo a empresa, a demanda por oxigênio aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias na capital, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia. Esse consumo, conforme ela, equivale a quase o triplo da capacidade de sua produção local e segue crescendo.

“Para se ter uma ideia, durante a primeira onda da pandemia, entre abril e maio de 2020, o consumo alcançou um pico de volume de 30 mil metros cúbicos por dia. Anteriormente à pandemia, esta planta operava com 50% de sua capacidade e isso era suficiente para atender todos os clientes dos segmentos medicinal e industrial que somavam um consumo na ordem de 10 a 15 mil m3 por dia.”, explica em um trecho.

A companhia aponta que somente o consumo atual de cinco hospitais locais é maior do que a capacidade de produção total da planta local, atualmente de 28 mil metros cúbicos por dia. “O consumo individual de boa parte dos hospitais do município já é mais do que o dobro da média de consumo dos maiores hospitais do país.”, compara.

A White Martins também sustenta que chegou a ampliar até o limite máximo a capacidade de produção no Amazonas em 2020 em razão da pandemia, mas mesmo assim não consegue suportar toda a demanda e que busca alternativas para importar por vias pluviais e aéreas oxigênio de outros estados e até países vizinhos, como a Venezuela.

“A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região”, afirmou a empresa.

Além disso, a companhia diz que também contou com o suporte da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar o produto e aumentar o volume de oxigênio na capital. A White Martins cita, ainda, a logística na região como fator desafiador para conseguir e transportar o gás hospitalar.

Em outro trecho, argumenta que devido o alto grau de criticidade da situação tem participado de reuniões com o Comitê de Crise do Governo do Estado do Amazonas e do Governo Federal.  E que já enviou requerimento junto à Anvisa para flexibilizar, em caráter excepcional, o percentual mínimo de pureza do oxigênio medicinal e solicitou formalmente o apoio logístico ao Ministério da Saúde.