Teatro amazonas foi restaurado na gestão de Amazonino Mendes (Foto: Facebook/Reprodução)
Nascido em Eirunepé, interior do Amazonas, em 16 de novembro de 1939, e apaixonado pelo povo. Assim se descrevia Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas, ex- prefeito de Manaus e ex-senador pelo estado.
Estadista, articulador político, idealizador de grandes obras, Amazonino Mendes mesclava em si a essência do amazônida: a simplicidade do caboclo guerreiro do interior com a garra típica dos povos da floresta.
Amazonino Mendes morreu neste domingo (12), dia de chuva em Manaus, após ser acometido por uma pneumonia que enfrentava com a ajuda de familiares e médicos, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Suas últimas aparições públicas foram durante a campanha eleitoral, em 2022, na qual enfrentou o governador Wilson Lima pelo comando do Amazonas.
Já visivelmente abatido pelas lutas ao longo da vida, com a saúde debilitada, Amazonino enfrentou o processo eleitoral como um guerreiro. Percorreu bairros, reuniu com aliados e lideranças, expôs seu amor pelo Amazonas e o desejo de cuidar do povo.
Ele, que foi senador pelo Amazonas de 1991 a 1992, período no qual ele defendeu os interesses do estado frente ao Brasil. Na época, ele foi eleito com a maior votação proporcional do Brasil.
Mas, foi como prefeito da capital amazonense e como governador que sua trajetória política se consolidou.
História de conquistas ao povo
Os “governos” de Amazonino Mendes foram marcados por histórias de conquistas ao povo do Amazonas. Ele dedicou os sete mandados, quatro à frente do Executivo estadual, sendo um suplementar, em 2017, e três a frente do Executivo municipal, para mudar a história do Amazonas com um rol de obras, programas sociais, políticas públicas verdadeiramente ao povo.
Como prefeito, por exemplo, construiu complexos viários que dotaram Manaus de mobilidade urbana, construiu a primeira etapa do Complexo da Ponta Negra – um dos principais cartões postais da capital -, revitalizou a Praça da Saudade, criou o Banco da Gente, o Bolsa Universidade, o Bolsa Família Municipal,
construiu a Cidade da Criança, primeiro parque público infantil da capital, restaurou o Paço Municipal, continuidade das obras de restauro do Mercado Adolpho Lisboa e iniciou as obras do corredor ecológico do Mindu.
Como governador, a gestão de Amazonino foi marcada por inúmeras obras que se perpetuam na história do Amazonas.
Ele construiu hospitais, João Lúcio e Joãozinho, Francisca Mendes, ampliou o Hospital de Medicina Tropical, o Hospital do Câncer, construiu o HEMOAM, Pronto-Socorros da Criança, os Centros de Atendimento Integral a Criança (CAIC’s) e Espaços para atendimentos de idosos (CAIMI’s), Central de Medicamentos e reconstruiu os Hospitais Adriano Jorge e Dr. Fajardo.
Amazonino construiu o Bumbódromo de Parintins, restaurou o Teatro Amazonas, construiu a primeira Delegacia da Mulher, a Academia de Polícia, aeroportos no interior do Amazonas e a Vila Olímpica de Manaus.
Entre as grandes obras como governador, Amazonino Mendes tinha orgulho em dizer que construiu a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), um legado para a Educação de jovens e adultos amazonenses.
Amazonino deixa o Amazonas aos 83 anos, após dedicar a vida pelo povo amazonense.
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