Manaus (AM) – O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) denunciou ter sofrido perseguição e ameaças na noite de segunda-feira (14) em um shopping de Manaus. Ele relatou que um homem, identificado como Lincoln Braga, de 40 anos, o seguiu de maneira insistente, levando Amom a chamar a segurança do local para que o escoltasse até seu carro. Ambos foram levados ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde, segundo o deputado, Lincoln fez ameaças, incluindo a de retirar suas “vísceras”, e ainda provocou um apagão na delegacia ao desligar os disjuntores.
Amom também afirmou que o comportamento de Lincoln não é isolado, mencionando que, em agosto, ele havia ido à sede do partido Cidadania, ameaçando a equipe.
“Estou na delegacia, neste momento, registrando uma ocorrência junto a nossa equipe contra um homem de 40 anos, com ficha corrida por agressão, injúria, dentre outras questões, incluindo furto, que vem perseguindo mulheres da nossa equipe e que hoje decidiu, também, perseguir a mim num shopping da nossa cidade em Manaus”, disse o parlamentar no vídeo publicado em suas redes sociais após o episódio.
Outro lado
Por outro lado, Cleunice Braga, mãe de Lincoln, se apresentou na delegacia e defendeu seu filho, afirmando que ele tem um grau avançado de autismo e que era apenas um admirador de Amom, tentando tirar uma foto com ele.
Cleunice destacou que Lincoln havia ajudado na campanha do deputado e acusou Amom de agir de maneira arbitrária e discriminatória ao solicitar a prisão de seu filho, insinuando que a detenção se deu em razão da condição autista de Lincoln.
Confira o vídeo do relato da mãe em conversa com jornalistas:
Resposta
O Portal AM1 procurou o deputado federal Amom Mandel para saber se o parlamentar se manifestaria sobre o assunto após o relato da mãe e, via assessoria, a equipe respondeu que o homem já havia tentado aproximação com mulheres da equipe de campanha do ex-candidato. Além de informar que, após o ocorrido, todos foram encaminhados à delegacia por decisão das autoridades policiais.
“A ida à delegacia foi uma atitude de praxe que qualquer pessoa faria em uma situação de perseguição. Quanto aos transtornos, Amom também é autista, bem como a assessora que estava com ele no momento da perseguição. O diagnóstico de autismo não é justificativa para o cometimento de crimes”, diz o comunicado.
Leia a íntegra da nota:
“Este homem se aproximou de algumas assessoras do deputado federal Amom Mandel durante a campanha, querendo obter informações internas e falando, inclusive, em ouvir “vozes”. Ele se aproximou mais de uma vez do parlamentar e ex-candidato para tentar tirar fotos durante a campanha, o que é normal e acontece diariamente com centenas de pessoas. Porém, no incidente da última segunda-feira, Amom foi perseguido por ele em um shopping. Quem conduziu todos para a delegacia foram as autoridades policiais, após serem notificadas do incidente, não o próprio Amom ou a sua equipe. A ida à delegacia foi uma atitude de praxe que qualquer pessoa faria em uma situação de perseguição. Quanto aos transtornos, Amom também é autista, bem como a assessora que estava com ele no momento da perseguição. O diagnóstico de autismo não é justificativa para o cometimento de crimes – e, se for para levar isso em consideração, dois autistas também foram vítimas do ato.
Se ele é inimputável, deve ter acompanhamento 100% do tempo. Não se pode alegar esse tipo de coisa só para fugir das suas responsabilidades. O homem alegou, ainda hoje, em novas ameaças, que destruiria Amom usando sua “influência” no judiciário, no meio político e até na imprensa – logo antes de vocês mandarem mensagem, inclusive.”
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