Manaus, 25 de abril de 2024
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Angela Merkel se lança na campanha em apoio a Armin Laschet

Chanceler decidiu ser candidata em razão das dificuldades enfrentadas pelo líder de seu partido.

Angela Merkel se lança na campanha em apoio a Armin Laschet

Foto: Reprodução

ALEMANHA – Às vésperas da votação de domingo (26), na Alemanha, a chanceler Angela Merkel se lançou na campanha – mais uma prova de que seu partido conservador se encontra ameaçado. Ela não é mais candidata e esperava ficar longe da eleição. Mas, em vez disso, vem pedindo votos para Armin Laschet, candidato da União Democrata-Cristã (CDU).

Na terça-feira (21), em Stralsund, seu distrito eleitoral, ela até brincou sobre o tamanho de seus sapatos – que são menores do que a média – na esperança de convencer os eleitores de que Laschet seria a pessoa certa para “ocupar o seu lugar”.

Pesquisas mostram vantagem para o Partido Social-Democrata (SPD), rivais tradicionais da CDU. Mas, na última semana, os conservadores reduziram a diferença para cerca de 3 pontos percentuais.

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Gratidão

Christine Braun, filiada à CDU, disse que votaria em Laschet, mas que o motivo de estar ali de pé, debaixo de chuva, naquela noite fria de setembro era outro. “Vim prestar minha homenagem à senhora Merkel, nossa chanceler e representante”, disse.

Vilana Cassing e Tim Taugnitz, estudantes, estavam de férias em Stralsund e também foram ver a chanceler. Eles se descreveram como “verdes de esquerda” e não votariam em Laschet. “Acho que será bom se os democratas-cristãos forem para a oposição”, disse Taugnitz.

É o que pode acontecer. Mesmo que o SPD saia como o partido mais forte, ele ainda precisa encontrar um parceiro para compor o governo – que provavelmente seriam os verdes, o que empurraria a CDU para a oposição.

Laschet vem alertando contra os dois partidos, que seriam um “perigo” para a prosperidade que os alemães desfrutaram com Merkel. “É completamente errado o que o SPD e os verdes estão planejando”, disse Laschet à multidão, na terça-feira, referindo-se às promessas de aumentar impostos dos mais ricos. “Eles deveriam investir e criar empregos.”

Merkel, em vez disso, procurou elogiar as realizações de Laschet e de Georg Günther, que espera herdar a cadeira no Parlamento que ela desocupará depois de 30 anos. Ela expressou confiança de que os dois dariam continuidade ao curso que ela havia estabelecido.

Escutando sem prestar muita atenção, Thilo Haberstroh, da cidade de Karlsruhe, que estava em Stralsund a negócios e só passou pelo comício por acaso, disse que nenhum dos candidatos o havia convencido. “Foi um evento interessante, mas nenhum deles me impressionou muito”, disse. “Ainda não sei em quem vou votar no domingo”.

(*) Com informações do Estadão

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