Manaus (AM) – Às vésperas do 56º Festival Folclórico de Parintins, que acontece de 30/6 a 2/07, o presidente do Garantido, Antônio Andrade, informou que a situação financeira do Boi do Povão não vai bem, o que pode ocasionar em uma possível ausência durante as apresentações na arena do Bumbódromo e a uma derrota em 2023.
Nesta segunda-feira (19), Antônio Andrade enviou um ofício para o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, pedindo um auxílio financeiro para poder equilibrar as finanças e realizar os pagamentos dos trabalhadores.
Na atual situação, Antônio afirma, no documento, que a diretoria precisou tomar duas decisões imediatas:
- Realizar a apresentação no Festival Folclórico de Parintins 2023 com sérias dificuldades de naturezas diversas, principalmente financeiras;
- Efetivar o pagamento de todos os recursos humanos envolvidos na construção do Boi 2023.
Com isso, segundo o documento, somente uma dessas opções poderia ser tomada, dada a escassez pecuniária atual. Além disso, o presidente afirma que a situação é quase impossível colocar o boi na arena nas três noites do festival.
“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival. Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”, diz um trecho da nota.
Repasses
Em março deste ano, o governador Wilson Lima anunciou o repasse de R$ 10 milhões para a realização do festival, sendo R$ 5 milhões para os bois-bumbás Caprichoso e Garantido.
Além do patrocínio do Governo do Amazonas, os bois de Parintins contam com incentivos da Coca-Cola Brasil, em uma parceria longa e consolidada na promoção do evento, que este ano completa 27 anos e anunciou o valor de R$ 2,5 milhões para esta edição.
Ano passado, o Garantido enfrentou sérios problemas, tanto dentro da arena como fora dela, também por questões de atrasos nos pagamentos dos trabalhadores. Toda a situação afetou a apresentação, que foi considerada muito inferior ao que o boi do coração é acostumado a levar para o bumbódromo.
Na época, o levantador de toadas Sebastião Júnior anunciou a saída do posto, deixando a galera vermelha e branca desolada. Antônio Andrade sofreu várias críticas, mas conseguiu se manter no comando da diretoria.
Confira o ofício, clicando aqui!
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