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Brasil

Anvisa investiga morte de adolescente após vacina da Pfizer em SP

Jovem de 16 anos recebeu primeira dose da Pfizer em 25 de agosto; ministro da Saúde disse que governadores têm tratado vacinação como troféu

Anvisa investiga morte de adolescente após vacina da Pfizer em SP

Foto: Agência Brasil

BRASÍLIA, DF – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está investigando a morte de uma adolescente de 16 anos vacinada com o imunizante ComiRNAty, da Pfizer/BioNTech, na cidade de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo (SP). A Anvisa se pronunciou por meio de nota nesta quinta-feira (16).

Segundo a agência, a adolescente teria recebido a primeira dose do imunizante da Pfizer no dia 25 de agosto, oito dias antes da sua morte. No dia 2, ela acabou falecendo. Ainda assim, segundo a Anvisa, não há uma relação de causa entre este caso e a administração do imunizante.

“Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para descartar ou confirmar a relação causal com a vacina”, diz a nota da Anvisa.

Em nota, a Pfizer também se pronunciou, dizendo que está acompanhando o caso, mas que até o momento, também não foi estabelecida uma relação causal entre a morte da jovem e o imunizante da Pfizer.

Leia mais: Covid-19: vacinação em adolescentes é suspensa em Manaus

O caso

De acordo com a rede do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo (Cievs-SP), em 26 de agosto, a adolescente começou a sentir cansaço e falta de ar. No dia seguinte, procurou atendimento médico e voltou para casa. No entanto, por não ter melhorado, foi novamente ao Hospital Coração de Jesus, em Santo André. Na unidade, ela teve um mal súbito, e foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Vida’s, em São Paulo. No entanto, a adolescente faleceu em 2 de setembro.

No município de São Bernardo do Campo, a aplicação de vacinas contra a covid-19 em adolescentes está acontecendo desde o dia 16 de agosto. Segundo a prefeitura, a vacinação desta faixa etária segue a diretriz do Plano Estadual de Imunização (PEI).

A morte da adolescente colaborou para que o Ministério da Saúde suspendesse a vacinação de adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos. A medida tem sido contestada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelas autoridades de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou o avanço da vacinação em adolescentes. Segundo o ministro, o procedimento tem sido feito de forma intempestiva, e os governadores dos estados têm tratado a imunização como um “troféu”.

“Nós dissemos que idosos a partir de 70 anos devem receber a dose de reforço a partir do dia 15. Basta olhar o que vocês publicam. Aí começa: ‘aí já começamos a vacinar os idosos com a terceira dose’, como se isso fosse um troféu para ser exibido”, disse Queiroga, durante coletiva de imprensa.

(*) Com informações da Anvisa e do G1.

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