Dessa forma, o plano padrão da Netflix, que ficou 12% mais caro, de R$ 39,90, com acesso simultâneo em dois dispositivos com qualidade Full HD, passa a valer R$ 44,90. Já o plano padrão com anúncios saiu de R$ 18,90 para R$ 20,90 por mês (aumento de 10%) e o serviço premium, que custava R$ 55,90, foi para R$ 59,90 por mês (aumento de 7%), o menor reajuste.
Conforme comunicado da Netflix, o reajuste visa oferecer mais opções aos assinantes. “Oferecemos uma variedade de preços e planos que se ajustam a diversas necessidades. Para oferecer cada vez mais opções de entretenimento aos nossos assinantes, ocasionalmente atualizamos nossos preços. A partir de hoje, nossos preços no Brasil começam a partir de R$ 20,90”, informou a empresa.
O reajuste anunciado pela Netflix na sexta-feira, primeiro desde 2021, passa a valer, a princípio, somente para novos assinantes, mas deve chegar para os demais em breve, conforme indicou a empresa.
No entanto, o aumento vem logo após o anúncio de que o Disney+, após a fusão com o Star+, terá um aumento de até 85% em sua mensalidade. Em outubro de 2023, a Netflix aumentou as mensalidades nos Estados Unidos, França e Reino Unido, mas destacou, após críticas de consumidores, que o reajuste nos preços valeria apenas para esses países. Entretanto, oito meses depois, os reajustes nos valores dos pacotes podem ter chegado ao Amazonas. O aumento da Netflix segue uma nova leva de modificações nos pagamentos de serviços de streaming, onde todos precisam “reajustar”. Com os novos valores, o serviço disponibilizado pela Netflix segue como um dos mais caros no Brasil.
TV por assinatura
Não é de hoje que serviços de streaming vêm “enterrando” o setor de TV por assinatura. Segundo o último levantamento feito pela Anatel, de março deste ano, as operadoras de TV a cabo, hoje, possuem pouco mais de 9 milhões de usuários. Em 2020, eram 15,6 milhões de adeptos, por exemplo.
O crescimento dos serviços de streaming vem desde a pandemia. De acordo com um estudo da Bare International, 47,7% das pessoas mundo afora assumiram ter aumentado seus gastos com entretenimento e serviços baseados nesta tecnologia em 2021. Já no Brasil, o fenômeno foi ainda mais forte: 61,6% dos entrevistados afirmaram ter investido mais em serviços de streaming.
O Canaltech, site especializado em tecnologia, atribui a queda a dois fatores: ao assinar dois ou três serviços de streaming, por exemplo, o usuário terá à disposição uma infinidade de filmes, séries e documentários, que ele pode assistir quando e onde quiser, em telas de todos os tamanhos. Já as operadoras de TV por assinatura estão com seus modelos estagnados, com canais que ninguém assiste, programação repetitiva e presa a horários, além de exibir uma infinidade de comerciais.
O site destaca, ainda, que um dos motivos para que consumidores paguem por um serviço desses [TV a cabo] é justamente escapar de propagandas.
Além disso, outro fator fundamental, segundo o levantamento, assinar diversos serviços de streaming sai muito mais “barato” do que um pacote razoável de TV.
Assinantes preferem streamings
Conforme a Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida apresentada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), referente ao ano de 2023, mesmo assinando TV por assinatura, quase metade dos consumidores, 44,33%, não têm o serviço como principal meio de consumo dos conteúdos audiovisuais. Tal percentual é ocupado por plataformas como a Netflix, Prime Vídeo e YouTube.
Mas quanto custa assinar todos os streamings, afinal?
Conforme o Canaltech, a cada lançamento, o mercado de plataformas de streaming se aproxima da tradicional TV a cabo. Isso porque, antes, as produções e estreias eram divididas entre diferentes canais, enquanto agora, o mesmo vale para os mais variados serviços. Com filmes, séries, documentários e reality shows exclusivos, o caminho para ter acesso a tudo sempre passará por múltiplas assinaturas.
Os preços individuais são baixos, podendo variar de R$ 9 até R$ 60, nas opções de maior qualidade e número de telas. Enquanto existem opções gratuitas, os principais títulos estão nas plataformas pagas, o que pode fazer com que a fatura do cartão de crédito acabe aumentando exponencialmente enquanto mais opções são adicionadas pelo usuário. O levantamento, que conta com 12 serviços mais populares, mostra quanto custa assinar os principais streamings atualmente.
No primeiro cenário, que considera apenas os planos mensais e assinaturas individuais, ou pacotes básicos, o total de 12 plataformas de streaming chega ao valor de R$ 199, 19 ao mês.
Total planos básicos (incluindo com anúncios)
- Apple TV+: R$ 21,90;
- Amazon Prime Video: R$ 19,90;
- Crunchyroll: R$ 14,99;
- Disney+: R$ 33,90;
- Globoplay: R$ 27,90
- Max: R$ 29,90;
- Looke: R$ 16,90;
- Netflix: R$ 18,90;
- Paramount+: R$ 14,90.
- Total: R$ 199,19 ao mês
Já num segundo panorama, com planos mais amplos, o valor total por 12 serviços pode chegar a até R$ 500 ao mês. O que, segundo o estudo, pode fazer os assinantes “sentirem falta da TV a cabo”.
Total melhores planos
- Apple TV+: R$ 21,90;
- Amazon Prime Video + Prime Channels sem plataforma própria (MGM, NBA League Pass, Love Nature): R$ 99,69;
- Crunchyroll: R$ 19,99;
- Disney+ + Star+: R$ 55,90;
- Globoplay + Canais + Combate + Premiere + Telecine: R$ 152,60;
- Max: R$ 55,90
- Looke: R$ 16,90;
- Netflix: R$ 55,90;
- Paramount+: R$ 14,90.
- Total: R$ 493,68 ao mês
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