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Manchete

Após denúncias de pais, Seduc firma termo para garantir itens às escolas da PM de forma gratuita

Após denúncias de pais, Seduc firma termo para garantir itens às escolas da PM de forma gratuita

O anúncio foi feito durante audiência pública, promovida pela Comissão de Direito a Educação da OAB-AM - Foto: Divulgação

Após denúncias dos pais acerca da cobrança de valores para custear o fardamento, o material didático, a merenda e as dificuldades de acesso às vagas ofertadas pelas unidades de ensino vinculadas à gestão do Comando da Polícia Militar do Estado do Amazonas, a Secretaria do Educação do Estado (Seduc), se comprometeu em firmar um termo de cooperação para garantir estes itens às escolas da Polícia Militar de forma gratuita. O anúncio foi feito durante audiência pública, promovida pela Comissão de Direito a Educação da OAB-AM, ocorrida no auditório da Ordem, na tarde desta sexta-feira (2).

O anúncio foi feito durante audiência pública, promovida pela Comissão de Direito a Educação da OAB-AM – Foto: Divulgação

Representantes de diversas instituições, entre elas Comissão de Direito da Educação da OAB AM, Procon-AM, Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Conselhos Municipal e Estadual de Educação (CME e CEE), Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) e do Comando da Polícia Militar.

Para o presidente da OAB-AM, Marco Aurélio Choy, o encontro serviu para debater as denúncias dos pais de estudantes acerca das irregularidades que estão ocorrendo nas escolas militares. “As escolas militares são consideradas escolas públicas, e o que chegou até nós, é que estas instituições estão cobrando taxas para aquisição de material escolar, merenda e fardamento, algo inadmissível dentro da esfera pública. Com isso, convocamos a Seduc e a PM para ouvirem as denúncias e assim buscar a solução devida para este caso. Vamos continuar acompanhando todo o processo até que este problema seja de fato resolvido” disse.

Segundo o secretário de Estado da Educação, Lourenço Braga, o objetivo agora é viabilizar a resolução de todas essas questões pontuadas. Ele se responsabilizou em realizar isso, através de parceria entre PM e Seduc. “Vou providenciar uma minuta onde possamos dialogar com a PM, afim de solucionar estes problemas. Eu, enquanto representante do Estado, afirmo que se a Seduc já disponibiliza o material escolar para 600 mil alunos, podemos assumir os 27 mil alunos matriculados nas escolas militares”, afirmou.

De acordo com o chefe do Estado Maior, Coronel Júlio Sérgio que representou a gestão das escolas da PM, todas as denúncias feitas durante a audiência serão averiguadas. “Precisamos analisar com cuidado, pois desconhecemos algumas das situações pontuadas, porém estamos dispostos a averiguar estes impasses”, informou.

Maria Amorim, mãe de uma criança que estuda na unidade 8 do Colégio Militar da PM, no bairro Petrópolis, afirmou que muitas situações irregulares já foram constatadas, tais como as taxas absurdas como a da APMC, que se encontra hoje no valor de R$ 480, e que segundo ela não existe uma prestação de conta. “Não sabemos onde esse dinheiro está sendo investido, e podemos citar ainda os valores acerca dos materiais escolares. A PM alega que nós não somos obrigados a pagar, porém se não pagamos, não conseguimos rematricular nossos filhos”, afirmou.

O presidente da Comissão do Direito da Educação da OAB-AM, advogado Rodrigo Melo, mediou o debate e afirmou que continuará acompanhando o caso. “Nosso papel quanto Comissão é nos comprometer a continuar buscando a resolução dos casos citados, visto por que estamos próximos do ano letivo de 2018 e sanar estas situações é uma necessidade paras os pais dessas crianças”, destacou.

Atualmente, a Polícia Militar possui treze unidades de ensino que atendem a 26 mil alunos da pré-escola ao Ensino Médio.