O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou na sexta-feira, 25, uma reunião para definir a data dos pagamentos atrasados a serem pagos aos servidores da saúde pública de empresas terceirizadas, os mesmo já estão sem receber os vencimentos desde o mês de agosto.
Na audiência que aconteceu juntamente com Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Privadas da Área de Saúde do Amazonas (Sindipriv) e a Secretaria de Saúde do estado do Amazonas (Susam), o secretário titular da Susam, Carlos Alberto apresentou a insuficiência de recursos para o pagamento de todos os compromissos em atraso, justificando assim que provavelmente será pago aos servidores o valor referente à parte da fatura de dezembro do ano passado.
Em trecho publicado na Ata de Reunião, o estado diz conseguir pagar para os funcionários terceirizados o mês de dezembro até 8 de fevereiro e o mês de janeiro, provavelmente em março.
Falsa promessa
No dia anterior a audiência, quinta feira, 24, o secretário da saúde e governador em exercício, Carlos Almeida, se reuniu com fornecedores da saúde e anunciou que destinaria R$ 65 milhões de reais para o pagamentos das empresas que prestam serviços médicos e de apoio no sistema de saúde do Amazonas, o que seria feito de maneira proporcional até o fim de janeiro.
Segundo a presidente do Sindicato de trabalhadores terceirizados, Graciete Mouzinho, o Secretário de saúde foi bastante objetivo ao dizer que atual governo não iria pagar o valor da dívida aos trabalhadores: “ele foi frio com todo mundo na reunião, e disse que eles não tinham como fazer o pagamento, e que se Deus o livre alguém viesse perder a vida, ele sabe que o Estado é responsável e terá que responder. Como pode um secretário de saúde falar um negócio desse?”
A manifestação
O protesto ocorreu, na terça-feira, 22, em frente à sede do MPT (Ministério Público do Trabalho), na Avenida Djalma Batista, zona centro-sul de Manaus. Um grupo de funcionários terceirizados da Saúde promoveu manifestação para cobrar salários, férias, insalubridade, piso salarial e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que estão atrasados há cinco meses. Os manifestantes também protestaram contra assédio moral nos postos de trabalho.
O grupo expôs faixas e cartazes com frases como: “Segeam pague seus funcionários, não somos escravos para trabalhar de graça. A escravidão já acabou”, “governador Wilson Lima pague os funcionários da Saúde” e “Reivindicamos salários atrasados, valorização da classe, atitude de nossos governantes”.
O procurador chefe do MPT, Jocinei Dourado do Nascimento, o secretário Carlos Almeida, representantes de cada empresa e líderes do movimento disse que estariam reunidos para definir uma solução.
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