Manaus, 5 de dezembro de 2024
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Manchete

Arthur atrasa Carga Dobrada de professores, mas gasta R$ 1,4 milhões em uma ponte

Arthur atrasa Carga Dobrada de professores, mas gasta R$ 1,4 milhões em uma ponte

Os serviços prestados pela M.C.W Construções têm vigência de 75 dias corridos. (Foto: Alexandre Fonseca/Semcom)

Redação – A Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) contratou, sem licitação, a empresa M.C.W Construções, Comércio e Terraplanagem Ltda., por R$ 1.434.375,22, para executar as obras de demolição, remoção e construção da ponte na Rua Lóris Cordovil, na zona centro-oeste de Manaus, que desmoronou após um temporal, no dia 10 de abril.

A contratação do serviço ocorre, quase um mês, após os professores da rede municipal ameaçarem paralisar as atividades por atrasos no pagamento da parcela de fevereiro da “carga dobrada”, benefício concedido aos profissionais da educação que aceitam trabalhar no contraturno.

O extrato contendo o Contrato nº 008, firmado entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e a prestadora de serviço, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM), desta terça-feira (27). 

Segundo o documento, a ponte milionária será mista, em concreto armado e contará com vigas metálicas.

Os mais de R$ 1,4 milhões serão pagos através da rubrica 27100 –15.451.1060.2398.0000 – 44905117, sob a nota de empenho nº 00980, datada de 21 de junho deste ano. Os serviços prestados pela M.C.W Construções têm vigência de 75 dias corridos.

Prevista para ser liberada para o tráfego de veículos, até o fim do mês de julho, a ponte recebeu, ontem, camada asfáltica e deve passar pelo período de secagem do cimento e fixação do concreto, pelos próximos 15 dias. 

Procurada para esclarecer os critérios utilizados pelo município para a escolha da M.C.W para a execução das obras, a assessoria de comunicação da Seminf informou que, havendo dispensa de licitação, o processo é discricionário, uma vez que “o processo para iniciar as obras tem de ser rápido para evitar danos maiores”.

A secretaria disse ainda que, mesmo a empresa em questão estando apta a realizar o serviço, um documento foi enviada pela pasta “ao Crea solicitando indicações de empresas aptas a realizar obras emergenciais em pontes suspensas em concreto armado”, afirma.