
(Foto: Reprodução/Redes sociais/Fotos Públicas)
Manaus (AM) – O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, criticou a possibilidade de cassação do passaporte e do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando tal ação como uma “arbitrariedade enorme” e “brutal” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Virgílio classificou as ações como “absurdas”, questionando a justificativa do ministro Alexandre de Moraes para essas medidas. Ele enfatizou a importância de se evitar excessos que possam comprometer a democracia brasileira.
“Isso aqui não é casa de noca. Existe um estatuto pelo qual eu lutei muito na rua contra a ditadura militar em 1964/84, que estabelece exatamente os poderes do parlamentar. Isso nasceu na Inglaterra de imunidade parlamentar para não sofrer a perseguição inconsequente de adversários políticos”, argumenta o ex-prefeito de Manaus.
“Qual foi o crime desse moço? Ele ser amigo do Trump?”, questionou Arthur Virgílio. O ex-prefeito prossegue e diz que vê o caso de possível suspensão do passaporte como “injustiça”.
“Não aceito a negação das liberdades. Não aceito desrespeito, por exemplo, a Lei da Imunidade Parlamentar. Não aceito injustiça nem contra o meu pior inimigo, pois eu me levanto para defendê-lo”, declarou Arthur.
O outro filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (PL), agradeceu ao ex-senador pelo apoio ao irmão. Mas, um eleitor respondeu ao comentário do político e lembrou que Jair Bolsonaro criticou o ex-prefeito em 2020, período da pandemia da Covid-19, quando o chamou de “bosta”, afirmando que o então prefeito estava abrindo covas coletivas para enterrar as vítimas da doença.
Na semana passada, os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) apresentaram uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a investigação de Eduardo Bolsonaro por supostos crimes contra a soberania nacional.
A acusação baseia-se em alegações de que Eduardo teria articulado, junto a políticos dos Estados Unidos, reações contra o Supremo. Como parte das medidas cautelares, os petistas pediram a apreensão do passaporte de Eduardo para impedir possíveis ações que comprometam as investigações.
O filho do ex-presidente tem viajado com frequência para o exterior alegando se reunir com apoiadores contra as medidas adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Desde a posse do presidente Donald Trump, há 35 dias, Eduardo já realizou três viagens aos EUA, onde se encontrou com parlamentares, integrantes do Executivo e figuras da direita americana, como Steve Bannon.
LEIA MAIS:
- Após operação da PF sobre desvio na merenda escolar, Arthur Virgílio se pronuncia
- Arthur Neto diz para Alexandre de Moraes ‘baixar a bola’
- Arthur Neto comete ‘gafe’ ao afirmar que Bolsonaro criou o Pix
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.