Manaus, 7 de dezembro de 2024
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Manchete

Arthur Neto retira dinheiro de secretarias para pasta comandada pela mulher

Arthur Neto retira dinheiro de secretarias para pasta comandada pela mulher

Elisabeth Valeiko foi nomeada por Arthur para a presidência do FSS ( Foto: Divulgação)

Elisabeth Valeiko foi nomeada por Arthur para a presidência do FSS ( Foto: Divulgação)

O prefeito de Manaus, Arthur Neto, criou o Decreto nº 3.724, de 27 de junho de 2017, estabelecendo que os órgãos e as entidades integrantes da Prefeitura ficam obrigados a transferir, a partir de 3 de julho de 2017, o percentual de 0,5% dos pagamentos realizados relativos ao fornecimento de bens, serviços e construção de obras para conta corrente específica do Fundo Social de Solidariedade (FSS), presidido pela primeira-dama do Município, Elizabeth Valeiko.

A previsão de arredacação anual com as tranferências é de R$ 6 milhões, conforme projeto de lei aprovado no mês passado pela Câmara Municipal de Manaus (CMM), que abriu Crédito Adicional Especial no orçamento da Seguridade Social do Município de Manaus em favor do Fundo e criou a Unidade Orçamentária do FSS para o atendimento das ações governamentais.

Além do repasse dos órgãos e entidades municipais, também estão previstos recursos provenientes de dotações ou créditos específicos, consignados no orçamento do Poder Executivo; repasses, contribuições, legados e doações de pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; rendimentos decorrentes de aplicações financeiras; medidas compensatórias instituídas por órgãos e entidades do município de Manaus; e outras fontes permitidas em lei.

Finalidade – O decreto dispõe sobre os procedimentos a serem observados para a arrecadação da receita especificada no inciso I do artigo 8º da Lei nº 2.218, de 04 de maio de 2017, que trata da constituição financeira do Fundo. No documento, o prefeito considera a necessidade de estabelecer procedimentos para a arrecadação da receita da entidade.

Estão excluídas dessa retenção despesas programadas com recursos de convênios e as seguintes despesas: serviços de utilidade pública, prestados por concessionários de serviços públicos, referentes ao fornecimento de água potável, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, internet e afins; locações ou ocupação de imóveis, tanto pessoas físicas quanto jurídicas; e despesas inscritas em restos a pagar.

Ainda de acordo com o decreto, em relação aos contratos de fornecimento de combustíveis e de gerenciamento de estagiários, a retenção deve ser realizada com base na taxa administrativa. A Secretaria de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef) fica autorizada a efetuar os procedimentos necessários para a arrecadação da receita e criar os eventos contábeis no Sistema de Administração Financeira Integrada Municipal (AFIM) para garantir a operacionalização da arrecadação da receita.

Contrato – A Manaus Previdência (Manausprev), por exemplo, publicou no Diário Oficial do Município (DOM) do último dia 3 de julho, um extrato do quinto termo aditivo do contrato de prestação de serviços número 002/2014 com a empresa Amazontec Serviços técnicos LTDA, em que inclui a cláusula dispondo que reverterá 0,5% do valor total do pagamentoao Fundo Social de Solidariedade (FSS).

 

Segundo a assessoria de comunicação da Manausprev, o valor do contrato é de R$ 360.210,48, para a prestação de serviços de limpeza, asseio, conservação e higienização, copeiragem e portaria pelo período de 12 meses. 
Estrutura – O Fundo de Social de Solidariedade (FSS) foi criado em abril deste ano e, no dia 22 de maio, Arthur nomeou a a primeira-dama para o cargo de presidente, dando a ela status de secretária municipal e remuneração de R$ 15 mil. Entre as propostas do FSS estão “buscar financiamento de programas e ações para a solução de problemas de relevante alcance social, permanentes, crônicos ou de natureza temporária e cíclica, e ainda, promover outras ações de natureza social na área urbana e rural do município de Manaus”.

Segundo a assessoria de comunicação do Fundo de Social de Solidariedade (FSS), a entidade funciona na sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, zona oeste.

Pela lei aprovada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) foram criados cinco cargos, destes três já estão preenchidos. São o da presidente do FSS, Elisabeth Valeiko, da vice-presidente, Mônica Santaella e da diretora-executiva, Joesia Pacheco. A lei previu também a relocação de servidores de outras secretárias para o FSS, ou seja, não foram criados novos cargos, os servidores foram relocados em cargos já existentes na estrutura da Prefeitura de Manaus. Hoje são cinco servidores relocados e à disposição do Fundo Social de Solidariedade.