O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 30, que se sentirá “violentado” se for obrigado a divulgar o resultado dos exames que fez para saber se estava ou não contaminado pelo novo coronavírus.
O jornal “O Estado de S.Paulo” obteve na Justiça Federal o direito de ter acesso aos testes. O prazo para a apresentação dos laudos vence nesta quinta-feira, caso não haja recurso.
Bolsonaro disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) “deve ter recorrido”.
Na noite de quarta-feira, no entanto, a AGU informou que ainda está estudando “a adoção de medidas processuais cabíveis”. O órgão disse que a União foi intimada na terça-feira da decisão, que deu 48 horas para o cumprimento.
“Você sabe que nós dois tivermos com uma doença grave nós não somos obrigados a divulgar o laudo. Isso é uma lei. E a lei vale pra todo mundo, tá ok? A AGU deve ter recorrido, e se nós perdermos o recurso, daí vai ser apresentado. E vou me sentir violentado. A lei vale para o presidente e para o mais humilde cidadão brasileiro”, disse Bolsonaro.
Em março, nos dias 12 e 17, quando voltou de uma viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente realizou os testes para detectar a doença.
Nos dois casos, Bolsonaro afirmou que o resultado foram negativos, mas não apresentou os resultados.
Pelo menos 23 pessoas de sua comitiva foram infectadas, entre eles, o secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Laudos e testes
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, nesta quinta-feira,30, que enviou à Justiça Federal de São Paulo um relatório médico do dia 18 de março que comprova que Jair Bolsonaro testou negativo para a Covid-19.
O órgão, todavia, não encaminhou a cópia dos laudos e testes, como havia sido determinado pela Justiça.
(*) Com informação do Jornal o Globo
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