BRASIL – Na contramão das falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, levantou um discurso de reconhecimento às crises causadas pela pandemia da Covid-19 no mundo todo. Jair Bolsonaro, por sua vez, abriu a 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, retomando críticas às medidas de lockdown decretadas por prefeitos e governadores, defendeu o tratamento precoce e foi contra as medidas de obrigatoriedade da imunização, como o passaporte da vacina. Joe Biden reconheceu as enormes perdas em todo o mundo causadas pela pandemia e pediu que os países se mobilizassem para reestruturar a comunidade global.
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“Nós nos encontramos este ano em um momento de grande dor e possibilidades extraordinárias. Perdemos muito para esta pandemia devastadora que continua a ceifar vidas em todo o mundo e causar tanto impacto em nossa existência. Estamos de luto por mais de 4,5 milhões de pessoas, pessoas de todas as nações, de todas as origens. Cada morte é um sofrimento individual”, disse ele.
“Vamos trabalhar juntos para salvar vidas, derrotar a Covid-19 em todos os lugares e tomar o controle necessário para nos prepararmos para a próxima pandemia, porque haverá outra, ou deixaremos de aproveitar as ferramentas à nossa disposição à medida que variantes mais virulentas e perigosas se instalam?”, ressaltou Biden.
Já Bolsonaro fez diversas críticas ao lockdown e as medidas de isolamento adotadas no Brasil durante a pandemia, alegando que as ações “deixaram um legado de inflação nos gêneros alimentícios no mundo todo” e exaltou o auxílio emergencial.
“No Brasil, para atender os mais humildes obrigados a ficarem em casa por decisão de governadores e prefeitos, e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de 800 dólares para 68 milhões de pessoas em 2020”, disse o presidente.
Meio ambiente
Biden também comentou a “desafiadora ameaça do clima” já é sentida em todas as partes do mundo e causa devastações e cobrou o enfrentamento das mudanças climáticas para mitigar as condições meteorológicas extremas.
“Ou sofreremos a marcha impiedosa das piores secas, inundações, incêndios mais intensos, furacões, ondas de calor mais longas e mares ascendentes”, comentou o democrata.
Bolsonaro também dedicou parte do discurso à preservação da Amazônia, ponto em que o governo é criticado dentro e fora do país em razão da política ambiental e dos altos índices de desmatamento e queimadas.
O presidente afirmou que, “na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior”.
Porém, em 2021, por exemplo, a Amazônia teve o primeiro semestre com a maior área sob alerta de desmate em 6 anos.
A diferença entre os discursos evidencia os ideais defendidos pelo presidente e a atual situação econômica de cada país.
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