Foto; Reprodução/Live
BRASÍLIA, DF – O presidente Jair Bolsonaro (PL) errou a origem do Padre Cícero ao vivo durante sua live semanal, realizada nessa quinta-feira (3). e entrou para os assuntos mais comentados das redes sociais. O presidente queria saber onde tinha nascido Cícero Romão Batista, mais conhecido como Padre Cícero. “Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica lá?”, questionou. Na verdade, o líder religioso nasceu no Ceará.
Sem resposta de nenhum assessor, o chefe do Executivo completou: “cheio de pau de arara aqui e não sabem onde fica a cidade do Padre Cícero?”, perguntou Bolsonaro.
Um dos funcionários presentes na live respondeu que o religioso era de Juazeiro do Norte. “Parabéns aí. Ceará, desculpa aí, Ceará”, afirmou o presidente.
No mês passado, Bolsonaro cancelou a revogação de 122 decretos de luto oficial. Entre esses decretos estaria o de Cícero Romão Batista, que nasceu no Crato (CE), mas ganhou notoriedade em Juazeiro do Norte como sacerdote e líder político.
“Então, dada aquela confusão toda, começaram, a esquerda, a oposição: ‘Olha só, ele não tem respeito pelo Padre Cícero’. Que que eu fiz? Liguei no mesmo dia para o chefe da SAJ, Secretaria de Assuntos Jurídicos. Falei: ‘Pedro, vamos republicar o decreto de luto do Padre Cícero’. Não tinha necessidade de existir o decreto mais”, disse Bolsonaro.
O luto por Padre Cícero não aparece entre os 122 decretos de luto oficial revogados por Bolsonaro. Mas, em mensagem postada em uma rede social no último fim de semana, Bolsonaro relacionou o religioso entre as personagens que tiveram o decreto de luto revogado e reabilitado.
Pau de arara
A origem da expressão “pau de arara” tem como pano de fundo a migração, desde o século 19, de pessoas do Nordeste para o Sul e o Sudeste do Brasil. As viagens longas, precárias e perigosas eram feitas em caminhões com tábuas atravessadas na carroceria, como araras no pau.
Pessoas que viajavam nesses caminhões, eram mantidas em método de tortura cujos pulsos ficam amarrados aos tornozelos, sendo a pessoa suspensa por uma vara a cambau.
O termo é pejorativo e uma designação depreciativa usada para se referir aos nordestinos.
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