Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Política

Bolsonaro se comprometeu com Biden a respeitar resultado das eleições, diz porta-voz dos EUA

Biden disse a Bolsonaro que o governo americano confia nas instituições eleitorais brasileiras

Bolsonaro se comprometeu com Biden a respeitar resultado das eleições, diz porta-voz dos EUA

(Foto: Divulgação/ Itamaraty)

EUA – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em conversa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nessa sexta-feira (10) que “os Estados Unidos não toleram, não aceitam intervenção no sistema eleitoral em nenhum lugar”. Segundo a porta-voz do departamento americano, Kristina Rolases, Bolsonaro teria respondido de forma positiva à declaração.

“A gente entende muito bem que há eleições no Brasil em outubro, nos próximos meses. Entendemos muito a preocupação do povo brasileiro com esse tema. Tanto que na reunião, o próprio presidente Bolsonaro falou que ele respeita a democracia, que vai respeitar o resultado. A gente vai levar a sério essa declaração que foi feita pelo presidente Bolsonaro ontem”, afirmou Rosales.

Segundo a porta-voz, Biden ressaltou que o governo americano confia nas instituições eleitorais brasileiras e espera que o resultado eleitoral obtido com esse sistema seja respeitado.

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Nos últimos meses Bolsonaro tem repetido que as urnas eletrônicas não são auditáveis e já sugeriu que pode não aceitar o resultado do pleito em outubro. Até mesmo na declaração inicial que fez diante de Biden, na abertura da bilateral, ele disse que ” temos eleições no Brasil, e nós queremos eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não haja nenhuma dúvida após o pleito”.

‘Desconfiança’

Após as declarações da porta-voz, no entanto, o presidente voltou a dizer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa avaliar as sugestões das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. O Ministério da Defesa enviou um ofício ao TSE, nessa sexta-feira (10) pedindo que o tribunal facilite a auditagem das urnas por partidos políticos, como quer Bolsonaro.