Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Brasil

Alunas se mobilizam para denunciar assédio em colégio

Alunas se mobilizam para denunciar assédio em colégio

Um grupo de alunas do Colégio Pensi, instituição de ensino com várias unidades no estado do Rio de Janeiro, mobilizou o Twitter durante toda a sexta-feira, 17, com uma campanha de denúncia de assédios por parte de professores, outros funcionários e alunos da escola. 

Com a hashtag #AssedioÉHabitoNoPensi, as estudantes conseguiram chamar a atenção de personalidades como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça, que aderiram à mobilização. 

 

 

O assunto ficou entre os mais comentados da rede social e, até a noite de sexta, chegou a 45 mil tweets. Além das alunas, ex-estudantes do colégio também relataram casos de assédio e acusaram a direção da escola de afastar uma professora que denunciou os casos.

Segundo relatos, um dos professores teria afirmado para uma aluna que gostaria de fazer massagem tântrica nela. Outro teria chamado uma estudante de gostosa e pedido uma recompensa por ela sair da sala várias vezes. Professores e inspetores teriam, ainda segundo os relatos, apalpado estudantes.

“Quando eu estudava no Pensi fui tirar uma dúvida com um professor e quando ia voltar para minha cadeira ele me puxou para bem perto dele segurando na minha nuca e cochichou no meu ouvido: você é uma aluna muito boa, você não tem noção do quanto é boa”, contou uma das ex-estudantes.

“Ano passado um aluno apertou meus peitos, fiquei sem reação com a falta de respeito, fui reclamar e falaram para eu mudar de unidade esse ano. Estavam arrecadando dinheiro para o garoto ir ao Egito fazer olimpíada de matemática, passam a mão na cabeça de assediador”, escreveu uma aluna. 

As estudantes relataram também pressão psicológica e cenas de humilhação nas salas de aula. Diante da repercussão, alunas e alunos de outras escolas do Rio contaram que os assédios acontecem também nas instituições em que estudam. 

Em nota, o Pensi disse que reforça a posição de repúdio a qualquer forma de assédio e está aberto a ouvir a comunidade escolar em suas unidades e por meio do fale conosco do site. Informou também que apura os fatos com seriedade para garantir que o ideal de respeito se mantenha em todas as unidades.

 

 

 

*Com informações da Folhapress