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Brasil

Paes declara que evitará conflitos com Bolsonaro, ‘sou prefeito da cidade dele’

Apesar dos constantes atritos entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), seu fiel aliado, Paes evita apontar o presidente da República

Paes declara que evitará conflitos com Bolsonaro, ‘sou prefeito da cidade dele’

RIO DE JANEIRO, RJ, 01.12.2020 - Coletiva, Eduardo Paes - Eduardo Paes eleito a Prefeito do Rio de Janeiro, durante coletiva na manha desta terca-feira (01/12), no centro de convencoes da Firjan. Foi apresentado o novo Secretario Municipal de Governo e Integridade Publica, Marcelo Calero, na nova gestao a partir de 2020. - (Foto: Adriano Ishibashi/FramePhoto/Folhapress)

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), quer ter uma atuação político-partidária maior do que teve em outros momentos da carreira. Paes defende que a sigla apoie um “quadro da política” para a Presidência em 2022.

Ao mesmo tempo, elogia o apresentador Luciano Huck, que tem conversado com o DEM, porém, indica resistência ao ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.

Leia mais: Maia diz que tratar de voto impresso é colocar em xeque sistema seguro

Apresenta-se também como defensor da ampliação de negros e mulheres na sigla, bem como em seu próprio secretariado, mas até o momento, anunciou três brancos. Sua atuação política tem um limite: a gestão de Jair Bolsonaro: “Não vou rivalizar com o ele”.

Apesar dos constantes atritos entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), seu fiel aliado, Paes evita apontar o presidente da República como um dos radicais derrotados que descreveu em sua fala de vitória.

“Eu já falei com ele hoje. Foi muito gentil comigo.”

Por sua vez, comparou o perfil dos derrotados com o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa coisa do novato não dá certo. Não conhece a realidade das pessoas, nunca pediu voto. Tem um certo grau de arrogância”, disse.

Questionado sobre se o resultado da eleição era um sinal contra o radicalismo. Eduardo Paes fica na defensiva e diz que não vai classificar nem apontar nomes. ”

Não vou ficar dando nomes e adjetivando. A partir de 2013, vivemos um cenário de muito ódio, de pouco diálogo, que fez mal. Essa coisa do novato, do sujeito que vem de outra atividade e de repente vira governante, não dá certo. Não conhece a realidade das pessoas, nunca pediu voto. Tem certo grau de arrogância”, declara.

O Witzel talvez seja o que mais represente isso. De certa forma, o próprio perfil da Dilma, de ter dificuldade de dialogar com diversos atores. Tinha uma vida política, mas nunca tinha disputado eleição.

O prefeito também respondeu sobre como foi a conversa com o presidente da república. Paes afirma que chegou até a ser convidado para um café.

“Foi boa, rápida. Obviamente fiz uma brincadeira. Falei: “Não consegui te livrar do Witzel, mas te livrei do Crivella”. Ele disse: “Passa aqui, toma um café comigo”. Vou com prazer”, disse.

Bolsonaro tem se mostrado pouco receptivo a pessoas com planos diferentes do dele, como [os governadores] João Doria (PSDB-SP) e Flávio Dino (PC do B-MA). Em outro trecho o prefeito afirma que não busca ter Bolsonaro como inimigo. ” Não vou rivalizar com o Bolsonaro. Sou prefeito da cidade dele. Ele vai querer ajudar a cidade dele”, acredita Paes.

*Com informações Folhapress