Manaus, 4 de maio de 2024
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Manaus, 4 de maio de 2024

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Áudio: brasileira presa na Tailândia com drogas pede ‘por favor’ para voltar ao país

A brasileira foi detida com mais dois homens ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, na segunda-feira (14), com 15,5 kg de cocaína em malas

Áudio: brasileira presa na Tailândia com drogas pede ‘por favor’ para voltar ao país

Foto: Reprodução

TAILÂNDIA – A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, 22, presa na Tailândia, por tráfico internacional de drogas, mandou um áudio para família pedindo para ser extraditada ao Brasil, para que possa responder ao crime no país.

Ela foi detida ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, na segunda-feira (14), depois de sair do Brasil pelo aeroporto de Curitiba (PR). Na Tailândia, a condenação por tráfico de drogas é de pena de morte.

No áudio, é possível perceber que Mary Hellen estar desesperada. “Olha aqui, eu vou te passar o contato do dr. Edson. Por favor, liga para ele. Fala para ele fazer alguma coisa. Por favor! Fala para ele mandar a gente pro [sic] Brasil. A gente responder lá”, diz ela no áudio.

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Do sonho à prisão

A moradora de Pouso Alegre (MG), que foi detida com outros dois brasileiros ao desembarcar no aeroporto da Tailândia com pelo menos 15,5 kg de cocaína em malas, sonhava em abrir uma loja de doces e bolos na cidade mineira. Segundo a família, ela buscava ganhar dinheiro para custear o tratamento de câncer no útero que a mãe sofre, há três anos, e já evoluiu para a fase terminal.

Mary Hellen é a filha do meio entre cinco irmãos e sempre foi considerada a mais sonhadora da família, segundo a irmã, a estudante de enfermagem Mariana Coelho, 27, com quem ela dividia o mesmo teto. A jovem parou de estudar por alguns anos. Queria usar todo o tempo para trabalhar. Em 2022, tinha decidido retornar ao colégio, onde cursaria o 1º ano do Ensino Médio.

Itamaraty acompanha caso:

A família não tem advogado especializado em casos internacionais para interceder no caso de Mary Hellen e vem usando as redes sociais para pedir ajuda. ” Alguma ONG, algum advogado de renome, alguma autoridade, o Itamaraty. Esse caso tem que chegar à Presidência da República. Se ela errou ela tem que pagar, mas com prisão, no país dela. Não pena de morte”, desabafa a irmã, Mariana.

Em nota, o Itamaraty, por meio da Embaixada em Bangkok, informou que acompanha a situação e presta toda a assistência cabível aos nacionais, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

(*) Com informações UOL