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Brasil

Cancelamento de passagens pela 123 milhas pode ser investigado em CPI

A 123 milhas anunciou, na última sexta-feira (18), a suspensão de passagens aéreas entre os meses de setembro e dezembro de 2023.

Cancelamento de passagens pela 123 milhas pode ser investigado em CPI

(Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

Brasília (DF) – Após a empresa 123 Milhas, que vende passagens aéreas e pacotes de viagens, ter suspendido, na última sexta-feira (18), a emissão de passagens aéreas e os pacotes promocionais para embarques entre setembro e dezembro de 2023, o Ministério do Turismo e o Ministério da Justiça devem tornar a ação como alvo de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que apura as chamadas “pirâmides financeiras”, operantes com o uso de moedas digitais.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, informou à GloboNews, nesta segunda-feira (21), que a pasta suspendeu a 123 Milhas de um cadastro nacional de empresas do setor, o Cadastur. O sistema viabiliza a aquisição de empréstimos e financiamentos por empreendedores do turismo.

O cadastro permite o recebimento de benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, criado para amenizar danos da pandemia ao ramo turístico. O ministro disse ter enviado um ofício ao Ministério da Fazenda com o comunicado da suspensão da empresa pela plataforma.

Em nota, a Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, também declarou que vai notificar a 123 Milhas para uma averiguação preliminar, em que a empresa “preste os seus devidos esclarecimentos”.

A Senacon diz estar atuando em conjunto com o Ministério do Turismo.

Na Câmara dos Deputados, é esperado que a CPI das Pirâmides investigue os prejuízos causados aos consumidores. O presidente da Comissão, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), escreveu que o caso é “grave”, em publicação no sábado (19), na rede social X, o antigo Twitter.

“É muito grave o comunicado da ‘123 milhas’ de suspensão das viagens agendadas de setembro a dezembro de 2023. Muitas famílias se programaram e agora todo o sonho vai por água a baixo. A CPI das Pirâmides Financeiras vai investigar o caso dos prejuízos causados aos brasileiros”, escreveu o parlamentar.

A 123 milhas chegou a comunicar que os clientes serão ressarcidos pelas compras dos produtos cancelados. A decisão da empresa de cancelar as passagens foi devido ao valor elevado dos juros e a alta demanda por passagens aéreas.

Além disso, a companhia diz que não emitirá as passagens com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023 da linha “Promo”.

(*) Com informações da Carta Capital

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