Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Economia

CAS aprova mais de US$ 100 milhões em investimentos para indústria

A previsão é gerar 1.148 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM) nos três primeiros anos de operação

CAS aprova mais de US$ 100 milhões em investimentos para indústria

O Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovou 29 projetos industriais durante sua 292ª Reunião Ordinária, realizada nesta quinta-feira, 2 , por meio de videoconferência, em razão da emergência de saúde pública ocasionada pelo novo coronavírus (covid-19).

Foram aprovados dez projetos de implantação e 19 de atualização, diversificação e/ou ampliação, que somam investimentos totais de US$ 112 milhões e têm a previsão de gerar 1.148 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM) nos três primeiros anos de operação das novas linhas de produção.

Entre os projetos de implantação aprovados, destaque para as proposições da empresa Duxteno Indústria de Plásticos, visando à produção de bens intermediários de matéria plástica em geral, com investimento total de aproximadamente US$ 11.7 milhões e expectativa de geração de 198 empregos, e da empresa Specialized Brasil, para produção de bicicletas elétricas, com investimento total de cerca de US$ 1.5 milhão e expectativa de geração de 21 empregos.

Nos projetos de diversificação, atualização ou ampliação, destacam-se as iniciativas das empresas Cal-Comp, para produção de máscaras descartáveis, com investimento total de cerca de US$ 1 milhão e expectativa de geração de 12 empregos; da empresa Positivo Tecnologia, visando à fabricação de aparelhos para análise de amostras de sangue por meio de radiações ópticas, com investimento total de aproximadamente US$ 1.2 milhões e expectativa de geração de quatro empregos; e Dowertech da Amazônia, para produção de registradores e medidores de energia elétrica, com investimento total de aproximadamente US$ 30.4 milhões e expectativa de geração de 197 empregos.

A reunião foi a primeira com a participação do novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin, recém-empossado no mês de junho. Participaram, ainda, o governador de Roraima, Antonio Denarium, o deputado federal, Capitão Alberto Neto, conselheiros representantes de diversos ministérios, entidades de classe, secretários de Estado, entre outros.

CBA na pauta

Além dos 29 projetos aprovados, a 292ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) ficou marcada por um tema que norteou boa parte das falas durante a videoconferência desta quinta-feira, 2: Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).

O CBA foi destacado por sua importância como forma de diversificar a matriz econômica do Amazonas a partir, sobretudo, de bionegócios. O superintendente da Suframa, Algacir Polsin,  afirmou que não medirá esforços para chegar na melhor solução para a instituição. “Já conversei com vários atores e da minha parte vamos fazer de tudo para viabilizar o CBA e dar o retorno que a sociedade merece”, disse.

De acordo com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, existe um compromisso firmado entre o ME e a Suframa para, até o final do ano, resolver os principais entraves na gestão do CBA. “A determinação é que o foco do CBA seja em bionegócios. Ele deve ocupar um espaço que hoje está incompleto de conexão entre investidores, entre o ecossistema empreendedor, empresas, startups e o conhecimento para que os bionegócios floresçam na região”, afirmou.

O secretário também destacou a necessidade de garantir um ambiente de negócios favorável na região amazônica para criar a janela de oportunidade ao CBA como desenvolvedor de negócios. “Já estamos trabalhando no contexto do Conselho da Amazônia, que tem quatro pilares e um deles é o desenvolvimento sustentável da região e que, inclusive, tem como principal bandeira hoje a melhoria do ambiente de negócios da região amazônica”, afirmou.

Prioridades

Por fim, Carlos da Costa destacou que o Ministério está trabalhando em três prioridades para a região, no que ele chamou de diretrizes macroestratégicas.

“A primeira é tornar o modelo atual mais eficiente e rápido, e já conseguimos mais agilidade na aprovação dos projetos com menos burocracia, o avanço nos PPBs e vamos continuar fazendo isso. A segunda é o desenvolvimento complementar de novos vetores, que incluem a bioeconomia e os bionegócios, e a terceira é fazer com que o desenvolvimento seja equilibrado em toda a região”, afirmou.

O secretário reiterou a confiança no novo superintendente para dar vazão às demandas regionais.

“O general Polsin é a pessoa certa para esse novo capítulo complementar ao que o coronel Menezes fez e acredito que temos grandes frutos para essa região. O mundo inteiro tem interesse na Amazônia. O interesse que ameaça a nossa soberania precisa ser afastado, mas o interesse legítimo em fazer investimentos e trabalhar junto com o Brasil no desenvolvimento de oportunidades sustentáveis para a região, esse nós temos que atrair”, concluiu.

 

(*) Com informações da assessoria